A Black Friday deste ano, marcada para a próxima sexta-feira (27) tem tudo para superar o recorde de vendas de R$ 3,5 bilhões atingido na data em 2019.
Durante os nove meses de isolamento social, o brasileiro ficou mais familiarizado com a internet e começou a fazer compras online. Também deixou de gastar com lazer e pode agora direcionar essas economias para aquisição de equipamentos eletrônicos, os itens mais procurados na Black Friday.
Mas há risco de o consumidor se frustrar com os descontos neste ano, advertem especialistas. Por causa do aumento de custos e da menor disponibilidade de produtos acabados pela falta de matérias-primas, a perspectiva é que os abatimentos sejam menores, em média, comparados aos de outros anos.
Pesquisa da Sociedade Brasileira de Consumo e Varejo (SBVC) em parceria com a Offerwise feita com 600 pessoas no início deste mês, revela que 100% dos entrevistados pretendem ir às compras na Black Friday. A intenção é gastar, em média, R$ 1.728,32, uma cifra 30% maior do que no ano anterior. Também 70% pretendem aproveitar alguma oferta antes da data oficial da Black Friday.
“A pesquisa mostra que se dependesse do consumidor esta seria a maior Black Friday da história”, afirma o presidente da SBVC, Eduardo Terra e responsável pela enquete.
No entanto, ele lembra que várias pesquisas têm apontado que as indústrias enfrentam problemas de falta de insumos e aumentos de custos de matérias primas nos últimos meses. “Os produtos têm chegado com mais dificuldade no varejo e a tendência é desta Black Friday não ser tão promocional”, prevê.
Fonte: Estadão Conteúdo