Cultura

Após o ofício profissional e o desgaste da atividade policial penal: uma conclusão inevitável

"Além dos presidiários, o servidor é espreitado por bandidos livres e certos colegas desonestos. É monitorado e ultrajado por parcela da sociedade civil...," observa Flávio José

Foto: Zé Paulo/JTNews
Flávio José é agente penitenciário e escritor

Ingenuamente achei um dia que a tarefa  do policial penal, por lidar com criminosos presos, era muito árdua. Depois de anos na labuta do cargo, descobri que é infernal. 

Foto: Zé Paulo/JTNews
Flávio José é policial penal, professor e escritor

Além dos presidiários, o servidor é espreitado por bandidos livres e certos colegas desonestos. É monitorado e ultrajado por parcela da sociedade civil. E, para tornar a vida do agente penitenciário mais desanimadora, no topo da hierarquia existem os políticos. Os verdadeiros mandatários, com poderes para contratar, processar, remover, demitir. 

Até quando o plantão aparenta tranquilidade, ele é desgastante. O carcereiro não retorna a seu lar do mesmo tanto que dele saiu vinte e quatro horas atrás. 

E depois de muitos pedaços arrancados,  nada mais restará - nem servidor, nem homem, nem nome, nem caco.

Fonte: JTNEWS

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