Política

Bolsonaro sempre apoiou Roberto Jefferson em suas truculências, e agiu até em conluio com o 'candidato padre' do PTB

A ministra Cármen Lúcia do TSE, agiu tão somente no exercício do direito-dever de magistrada, na prestação jurisdicional eleitoral; jamais poderia ter sido covardemente atacada

Foto: Reprodução
Jair Bolsonaro

Em breve análise de fatos criminosos envolvendo o ex-deputado federal do PTB, Roberto Jefferson, a bem da verdade, devo dizer que o presidente da República e candidato, Jair Bolsonaro (PL), tem sido useiro e vezeiro em apoiar as ações truculentas do seu aliado Jefferson, que pelas suas covardes práticas contra a ministra Cármen Lúcia está conhecido por misógino.

Foto: Presidência da República/Reprodução
Bolsonaro em um dos vários momentos de afagos ao aliado Roberto Jefferson, este que tem colecionado um "mar de truculências" contra instituições democraticamente constituídas

Essa suas repudiáveis truculências, que não raras vezes têm sido comprovadamente praticadas em caráter criminoso. Tanto é verdade que tais ações já o levaram a ser preso várias vezes, mediante decisão de autoridade judiciária competente, como neste momento já se encontra enclausurado no presídio de Benfica no Rio de Janeiro.

Nessa semana o misógino Roberto Jefferson, mais uma vez afastou-se dos limites da legalidade e da razoabilidade, quando de forma inaceitável e vil assacou seu ódio e suas misoginias contra a ministra Cármen Lúcia, comentando acerca do voto da magistrada no julgamento envolvendo o Grupo Jovem Pan junto ao TSE, denunciado por beneficiar a campanha de Jair Bolsonaro a presidente em detrimento de Luiz Inácio Lula da Silva, que reclamou da falta de isonomia na cobertura eleitoral.

Foto: Rosinei Coutinho/STF
Cármen Lúcia foi agredida brutalmente em sua dignidade por suas convicções jurídicas no exercício do direito-dever de julgadora do TSE

O vídeo criminoso veiculou em centenas de grupos de mídias sociais de cunho político eleitoral, principalmente dos apoiadores do presidente Bolsonaro, que até o final da manhã deste domingo não se tinha notícia de que o candidato a reeleição houvesse repudiado as lamentáveis e covardes agressões à ministra Cármen Lúcia. 

A ministra do TSE agiu tão somente no exercício do direito-dever de magistrada na prestação jurisicional eleitoral, posicionando-se no caso concreto [pelo seu livre sentir, com limite na Constituição da República de 1988], pois, esse é o papel do magistrado ou da magistrada no exercício da judicatura, e, especialmente em respeito ao estado democrático de direito. 

Tendo as agressões levianas, assacadas por meio de vídeo pelo político Roberto Jefferson do PTB atacado violentamente a honra e a dignidade da ministra Cármen Lúcia, só agora chamando a atenção do candidato à reeleição Jair Bolsonaro para repudiar as atitudes do falastrão criminoso, o qual aliado de primeira hora do presidente da República, que outrora o apoiou publicamente. 

Jair Bosonaro não repudiou os crimes cometidos por Roberto Jefferson porque os incomodaram, tampuco porque se sensibilizou com a dor na dignidade e na alma da cidadã Cármen Lúcia Antunes, mas pelo fato de o Brasil está na iminência de escolher o seu próximo mandatário por Eleições livres realizadas em processo eleitoral incontestável, e em acirrada disputa por ele (Bolsonaro) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Ademais, sequer o candidato-presidente, Jair Bolsonaro, se solidarizou incialmente com os policiais federais agredidos, que, por pouco não foram mortos pelo criminoso contumaz Roberto Jefferson.

Não esqueçamos que os policiais federais estavam no exercício profissional, cumprindo, óbvio, com suas obrigações institucionais.

E quem é ingênuo ao ponto de pensar que o candidato padre Kelmon do PTB, foi alçado por Roberto Jefferson a candidato à Presidência da República sem o consentimento de Jefferson em apoio a Bolsonaro? Qual o porquê de Roberto Jefferson lançar o "candidato padre"? Alguém tem dúvida se ele estava em concluio com o candidato-presidente?

Portanto, ele [Jair bolsonaro] optou agora por repudiar as atitudes criminosas do seu aliado, representante de um dos principais partidos de sua base para a reeleição no segundo turno, mais pela conjuntura política eleitoral, de que por ser cavalheiro em defesa da democracia e da cidadania, prática que jamais lhe tem sido peculiar.

Essa é a minha opinião, salvo melhor ou pior juízo.

Jacinto Teles Coutinho é advogado, jornalista, escritor e sertanejo nordestino.

Fonte: JTNEWS

Última Notícias