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Cafés da Espanha reabrem após quedas no número de mortes por Coronavírus

Dados do Ministério da Saúde espanhol mostraram que o número diário de mortes recuou dos 143 de domingo para 123 nesta segunda-feira

Foto: Jon Nazca/Reuters
Cafés na Espanha reabrem após redução no número de mortes por COVID-19

Garçons de máscara serviam café e sanduíches “bocadillo” nos terraços de cafeterias de Sevilha na manhã desta segunda-feira (11), já que partes da Espanha estão suavizando as restrições em meio a uma desaceleração da epidemia de coronavírus. O total de novas mortes atingiu o menor índice em quase dois meses.

Foto: Jon Nazca/Reuters
Cafés na Espanha reabrem após redução no número de mortes por COVID-19

"Estou muito feliz, queria muito trabalhar. Há dois meses que estamos fechados", disse Marta Contreras, garçonete do centro de Sevilha, sorrindo por trás da máscara.

A metade dos 47 milhões de habitantes do país avançou para a chamada fase um de um plano de quatro etapas para relaxar um dos isolamentos mais rígidos da Europa nesta segunda-feira, depois que o governo decidiu que as regiões em que a população vive cumprem os critérios necessários.

Ainda assim, cidades como Madri e Barcelona, particularmente atingidas pela epidemia, não foram incluídas por ora, e os cafés continuaram fechados na praça da Porta do Sol da capital, normalmente repleta.

Dados do Ministério da Saúde espanhol mostraram que o número diário de mortes recuou dos 143 de domingo para 123 nesta segunda-feira, o que eleva o total de óbitos da pandemia a 26.744 em um dos países mais afetados do mundo. O número diário também caiu em relação ao recorde de 950 do início de abril e é o menor em sete semanas.

Igrejas têm público limitado

Os serviços religiosos foram retomados com público limitado. Cadeiras, ao invés de bancos, foram instaladas de maneira a manter uma distância de dois metros entre os fiéis.

Conforme a amenização do isolamento, até 10 pessoas podem se reunir, além de poderem circular livremente pela cidade.

Os pontos comerciais comemoraram a volta ao trabalho depois da longa paralisia, mas muitos disseram que ainda estão acumulando perdas.

"Só podemos abrir graças ao dono do imóvel, que reduziu nosso aluguel significativamente, e ao apoio de nossa equipe, que renunciou a parte dos salários para começar a trabalhar", disse José Manuel, dono de um café de Sevilha.

Em regiões que se qualificam para a reabertura, como a maior parte da Andaluzia – a mais populosa da Espanha –, as Ilhas Canárias e Baleares, bares, restaurantes, lojas, museus, academias e hotéis tiveram permissão para voltar a funcionar, a maioria com capacidade reduzida.

Mas Madri, Barcelona e outras cidades, como Valência, Málaga e Granada, continuarão na fase 0, o que decepcionou os governos regionais que enfrentam as implicações econômicas de um isolamento prolongado. 

Fonte: Agência Brasil

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