Os acusados pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorrido em junho de 2022, voltaram atrás na confissão do crime e passaram a alegar legítima defesa. Em depoimento à Justiça Federal, agora afirmam que Bruno teria atirado primeiro.
O jornalista e o indigenista foram assassinados em junho de 2022. Eles trabalhavam para denunciar crimes socioambientais na Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas.
O advogado da família de Dom, Rafael Fagundes, em entrevista à Agência Brasil, disse que a versão apresentada não se sustenta do ponto de vista das provas do processo.
As audiências de Amarildo da Costa de Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima foram realizadas pela internet, nesta segunda-feira, já que estão detidos em presídios federais.
Este foi o primeiro depoimento dos acusados à Justiça, que já havia colhido relato das testemunhas em audiências anteriores.
O advogado informou que agora as partes envolvidas no processo vão requerer suas últimas provas. Depois o juiz decidirá se os acusados irão a júri popular.
No ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou o trio por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O MPF aponta que Amarildo e Jefferson confessaram o crime, enquanto Oseney teve a participação comprovada por depoimentos de testemunhas.
Em janeiro, a Polícia Federal concluiu que Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, foi o mandante das mortes de Bruno e Dom. Além deles, a PF indiciou outras seis pessoas, entre eles Amarildo, Oseney e Jefferson.
Fonte: JTNEWS com informações da Agência Brasil