Desde a semana passada, o Rio Grande do Sul enfrenta uma catástrofe climática sem precedentes, com chuvas torrenciais provocando inundações, deslizamentos de terra e um número alarmante de mortes. De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil às 18h deste domingo (5), quase 850 mil pessoas foram impactadas pelos eventos climáticos.
O saldo trágico inclui 78 mortes confirmadas até o momento, com mais quatro casos em investigação, além de 175 feridos e 105 desaparecidos. A magnitude da tragédia é ainda mais evidente quando se observa que 134.331 pessoas tiveram que deixar suas casas, das quais 115.844 estão desalojadas e outras 18.487 foram abrigadas em locais seguros.
Dos 497 municípios gaúchos, 341 foram afetados de alguma forma pelas chuvas intensas, causando danos generalizados à infraestrutura e à vida cotidiana dos habitantes.
A situação se agrava com os serviços de infraestrutura severamente prejudicados: mais de 261 mil pontos estão sem energia elétrica, afetando cerca de 27% dos clientes, enquanto mais de 854 mil pessoas estão sem abastecimento de água, o que também representa 27% do total.
As estradas, essenciais para a mobilidade e o acesso a serviços básicos, foram gravemente afetadas, com 110 trechos em 61 rodovias bloqueados total ou parcialmente, devido a danos e obstruções causadas pelas chuvas. As autoridades estão mobilizadas para restabelecer o tráfego o mais rápido possível, mas o desafio é enorme.
Além disso, o desastre atinge também o setor educacional, com 733 escolas em 229 municípios afetadas, prejudicando o acesso à educação de 247.228 estudantes, seja por danos estruturais, problemas de transporte ou falta de acesso.
Fonte: JTNEWS com informações da Agência Brasil