Um quadro contínuo de doenças após a infecção pela COVID-19, chamado de "COVID prolongada" pode não ser apenas uma síndrome, mas possivelmente até quatro, causando uma montanha russa de sintomas que podem afetar todas as partes do corpo e da mente, afirmaram médicos nessa quarta-feira (14).
Em um relatório inicial sobre a COVID-19 de longa duração, o britânico Instituto Nacional para Pesquisa em Saúde (NIHR, na sigla em inglês) afirmou que um tema comum entre pacientes – alguns com sete meses ou mais com a doença – é que os sintomas aparecem em uma área fisiológica, como o coração ou os pulmões, para então diminuir e vir à tona novamente em outra área.
"Essa revisão destaca o impacto prejudicial físico e psicológico que a COVID contínua está impondo às vidas de muitas pessoas", disse a dra. Elaine Maxwell, que liderou o estudo.
Milhares de pessoas em todo o mundo se conectaram por redes sociais e fóruns onlines para compartilhar suas experiências de sintomas contínuos da COVID-19.
De acordo com o grupo britânico de pacientes LongCOVIDSOS, dados de um aplicativo rastreador de sintomas desenvolvido pelo King's College de Londres, mostra que 10% dos pacientes de COVID-19 continuam doentes por até três semanas, e cerca de 5% podem continuar doente por meses.
Maxwell, que apresentou as conclusões do documento "Vivendo com a COVID" em pronunciamento online à imprensa, disse que os serviços de saúde estão tendo dificuldades para "administrar esses padrões novos e flutuantes de sintomas e problemas."
Ela e seus co-autores pediram que pacientes e médicos anotem e acompanhem os sintomas para que pesquisadores de saúde possam aprender mais sobre a condição e sobre como atenuá-la o mais rápido possível.
Fonte: JTNEWS com informações da Agência Brasil