Em mais um dia de tensão no mercado financeiro, o dólar voltou a fechar no maior nível em cinco meses e a bolsa de valores teve a maior queda percentual para um dia desde abril. O dólar comercial encerrou essa quarta-feira (28) vendido a R$ 5,763, com alta de R$ 0,081 (+1,43%).
Na maior cotação desde 15 de maio, quando tinha fechado em R$ 5,84, a divisa operou em alta durante toda a sessão. Na máxima do dia, por volta das 9h45, chegou a R$ 5,68. O dólar só perdeu velocidade depois que o Banco Central (BC) interveio no mercado, vendendo US$ 1 bilhão das reservas internacionais em leilão à vista.
No mercado de ações, o dia foi marcado por perdas. O índice Ibovespa, da B3, fechou a quarta-feira aos 95.369 pontos, com recuo de 4,25%. Apenas nesta semana, o indicador acumulou perdas de 5,8%.
O Brasil foi afetado por um movimento global de aversão ao risco, quando investidores em todo o planeta procuram investimentos mais seguros, como o dólar e os títulos do Tesouro norte-americano. A turbulência persistiu nos mercados internacionais durante todo o dia porque as novas restrições impostas em países desenvolvidos por causa da COVID-19 afetam a recuperação da economia mundial.
Na Europa, a Alemanha adotará lockdown emergencial de um mês, com o fechamento de restaurantes, academias de ginástica e teatros para reverter um pico de casos do novo Coronavírus que pode sobrecarregar os hospitais. Na França, o presidente Emmanuel Macron disse que o novo lockdown nacional a partir de sexta-feira (30) permanecerá em vigor até 1º de dezembro para interromper a disseminação exponencial da COVID-19.
Nos Estados Unidos, as bolsas também fecharam em queda, afetadas pelo avanço dos casos de COVID-19 na maior economia do planeta. A proximidade da eleição presidencial, na próxima terça-feira (3), adicionava cautela aos negócios.
Fonte: JTNEWS com informações da Agência Brasil