Nessa terça-feira (12/10), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que distribuir doses de reforço contra a Covid-19 em alguns países enquanto as vacinas sequer chegaram em todo o continente africano é “imoral”.
“O uso crescente de reforços é imoral, desigual e injusto e tem que parar”, destacou. “Começar reforços agora é realmente o pior que podemos fazer como comunidade global. É injusto e também cruel porque não vamos parar a pandemia ignorando um continente inteiro, um continente que não tem nenhuma capacidade de fabricação de outros meios” disse Tedros Adhanom.
A OMS recomendou uma dose adicional de vacina para pessoas imunocomprometidas, mas se opõe fortemente ao uso generalizado de vacinas de reforço até que mais pessoas do mundo sejam vacinadas com uma primeira rodada de vacinas de Covid-19.
América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e Oceania administraram uma única dose de vacina a mais de 50% de suas populações, enquanto apenas 7% da população da África recebeu uma dose, disse Tedros.
Em setembro, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos autorizou doses de reforço da vacina da Pfizer para alguns grupos da população. Além disso, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) instruiu os países da União Europeia a emitir “recomendações oficiais sobre o uso de doses de reforço, levando em consideração os dados de eficácia emergentes e os dados de segurança limitados”.
A EMA diz que para pessoas com sistema imunológico normal, doses de reforço de BioNTech/Pfizer “podem ser consideradas pelo menos 6 meses após a segunda dose”. A agência também avalia dados para apoiar uma dose de reforço para a vacina Moderna.
Fonte: CNN Brasil