Saúde

EUA antecipa compra de US$ 1,95 bilhão em vacinas da BioNTech e da Pfizer

As empresas devem fornecer para os Estados Unidos 100 de milhões de doses de uma vacina contra o Coronavírus, logo depois da aprovação ou autorização do uso emergencial

Foto: REUTERS
Vacina COVID-19

A empresa alemã BioNTech e a farmacêutica Pfizer anunciaram nesta quarta-feira (22) que assinaram um acordo de US$ 1,95 bilhão com o Departamento de Saúde e Serviços Humanos e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos para o fornecimento de 100 de milhões de doses de uma vacina contra o Coronavírus – logo depois da aprovação ou autorização do uso emergencial.

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Vacina COVID-19

De acordo com o contrato, o governo norte-americano decidiu adquirir a BNT162, ainda em estudo. A intenção é de fornecer a vacina gratuitamente. Após autorização do uso, o governo dos EUA poderá adquirir ainda até 500 milhões de doses adicionais, sendo 300 milhões até 2021.

“Estamos satisfeitos por termos assinado este importante acordo com o governo dos EUA para fornecer as 100 milhões de doses iniciais após a aprovação, como parte de nosso compromisso de enfrentar a ameaça global à saúde. Este acordo é um dos muitos passos para fornecer acesso global a vacinas seguras e eficazes para o COVID-19. Também estamos em discussões avançadas com vários outros órgãos do governo e esperamos anunciar contratos de fornecimento adicionais em breve. Nosso objetivo continua sendo levar uma vacina COVID-19 segura e eficaz para muitas pessoas em todo o mundo, o mais rápido possível”, disse Ugur Sahin, MD, CEO e co-fundador da BioNTech.

BioNTech e a Pfizer estão desenvolvendo pelo menos quatro tipos de vacinas contra a COVID-19, baseadas em ácido ribonucleico (RNA), que codifica um antígeno específico do vírus Sars-CoV-2, o novo Coronavírus. O RNA é traduzido pelo organismo humano em proteínas que depois irão induzir uma resposta imunológica.

Na última segunda-feira (20), o estudo das vacinas indicaram que os medicamentos tiveram respostas imunes das células T – um tipo de célula cujo principal objetivo é identificar e matar patógenos ou células infectadas – e não registraram efeitos colaterais graves (confira a íntegra do comunicado).

Os candidatos à vacina BNT162, a qual os EUA firmou acordo para a compra, estão passando por estudos clínicos e atualmente não são aprovados para distribuição em nenhum lugar do mundo.

Se os estudos forem bem-sucedidos, as empresas esperam buscar autorização de uso emergencial ou alguma forma de aprovação regulatória a partir de outubro, assim como afirmou a a diretora médica da Pfizer, Márjori Dulcine.

As empresas atualmente esperam fabricar globalmente até 100 milhões de doses até o final de 2020 e potencialmente mais de 1,3 bilhão de doses até o final de 2021, sujeitas à seleção final da dose em seu ensaio clínico.

No Brasil, as empresas obtiveram autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a realização de testes em 1.000 voluntários.

Fonte: Poder360

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