A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) deve iniciar a produção interna da vacina contra a COVID-19 em abril de 2021. O governo federal firmou um acordo para a aquisição de pelo menos 100 milhões de doses e a transferência da tecnologia para a fabricação no Brasil da vacina desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.
O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos do Ministério da Saúde, Helio Angotti Neto, disse em entrevista coletiva nessa quinta-feira (20) que os insumos devem chegar em dezembro ao Brasil. Segundo ele, o Ministério da Saúde planeja que as primeiras doses da vacina enviadas pela AstraZeneca/Oxford estejam disponíveis para a população em janeiro de 2021, "caso o registro seja obtido junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)".
A vacina está na fase 3 de testes, a mais avançada. Mesmo se for comprovada a eficácia, a Anvisa ainda precisa autorizar a vacinação em massa da população brasileira.
Em abril, o Brasil teria a capacidade de produzir as próprias doses. Além da transferência da tecnologia, a Fiocruz precisa adequar suas instalações para a fabricação da vacina.
O presidente Jair Bolsonaro assinou no começo de agosto uma medida provisória que abre crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para viabilizar a produção e aquisição da vacina de Oxford. Do total de recursos liberados, o Ministério da Saúde prevê um repasse de R$ 522,1 milhões para ampliar a estrutura de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos.
Além do dinheiro federal, a Fiocruz recebeu R$ 100 milhões em doação de um grupo de empresas privadas para investir no aprimoramento de suas instalações.
Fonte: Poder360