Piauí

Fiscalização resgata 16 trabalhadores em situação análoga à escravidão em fazenda no Sul do Piauí

Segundo o auditor fiscal, Robson Waldeck Silva, os trabalhadores estavam há 5 meses vivendo em barracas feitas de lona, sem acesso a banheiros e fazendo refeições ao relento

Foto: Reprodução/G1
Fiscalização resgata 16 trabalhadores após cinco meses vivendo em situação análoga à escravidão

Um grupo de 16 trabalhadores, entre eles um adolescente de 17 anos, foram resgatados por uma fiscalização do Ministério do Trabalho, com apoio do Ministério Público do Trabalho, de uma fazenda de soja onde estavam sendo mantidos em condições análoga à escravidão na zona rural de Currais, no Sul do Piauí.

Foto: Reprodução/G1
Fiscalização resgata 16 trabalhadores após cinco meses vivendo em situação análoga à escravidão

Segundo o auditor fiscal, Robson Waldeck Silva, os trabalhadores estavam há 5 meses vivendo em barracas feitas de lona, sem acesso a banheiros e fazendo refeições ao relento, em fogareiros improvisados no chão.

"A água que eles bebiam era armazenada em um tanque-pipa, exposto ao sol. Eles reclamaram que, além de quente, a água tinha gosto de ferrugem", comentou o auditor fiscal Robson Waldeck.

Eles trabalhavam sem carteira assinada e sem nenhum equipamento de proteção individual na extração de raízes em terrenos que estavam sendo preparados para o plantio de soja. Os únicos equipamentos que tinham eram de propriedade deles.

O resgate aconteceu no dia 9 de novembro, e nesta quinta-feira (17), os trabalhadores receberam as verbas rescisórias que eram devidas e guias de seguro desemprego.

Os trabalhadores eram moradores de cidades no entorno de Currais. Depois do resgate, eles foram encaminhados a um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da região.

Um auto de infração específico sobre a situação do adolescente que foi encontrado entre os trabalhadores foi realizado. Ele também recebeu as verbas rescisórias, como os demais trabalhadores.

A fazenda onde acontecia a situação foi multada. As demais providências jurídicas sobre a situação serão tomadas pelo Ministério Público do Trabalho, que acompanhou a fiscalização, através do procurador Vinícios Lantyer Oliveira, da procuradoria do trabalho em Bom Jesus.

Fonte: JTNEWS com informações do G1

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