Agentes de fiscalização do governo do Distrito Federal desmontaram acampamentos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios, na manhã deste sábado (13).
Policiais militares, bombeiros e profissionais da Agência de Fiscalização chegaram aos pontos de encontro dos acampamentos às 6h da manhã.
Pouco menos de 50 apoiadores estavam no local, vestidos de verde e amarelo e com bandeiras do Brasil. A Polícia Militar usou gás de pimenta para retirar os manifestantes que resistiam à operação.
Dois acampamentos foram desmontados. Um, ligado ao movimento “300 do Brasil”, ficava ao lado do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O outro, ligado aos ruralistas, ficava ao lado do Ministério da Agricultura.
Muitos criticaram a operação. Para eles, a ação é ditatorial. Xingaram o governador Ibaneis Rocha (MDB), o Supremo Tribunal Federal e o Congresso.
A ativista Sara Winter usou as redes sociais para se manifestar. Ela é coordenadora do movimento “300 do Brasil”. Há semanas, membros do grupo participavam das manifestações em apoio ao governo.
“Tudo tomado à força! A Militância bolsonarista foi destruída hoje. Presidente, Reaja”, escreveu a ativista em sua conta no Twitter.
O grupo de Winter já fez uma manifestação com tochas diante do STF. Em 31 de maio, os participantes gritaram palavras de ordem contra o Supremo e contra o ministro Alexandre de Moraes: “Viemos cobrar, o STF não vai nos calar” e “Careca togado, Alexandre descarado”.
Winter foi um dos alvos de operação da Polícia Federal que investiga o disparo de ataques à Corte. Moraes é responsável pela tramitação da investigação.
O Ministério Público do Distrito Federal já havia pedido o desmanche dos acampamentos. Na ação civil pública protocolada em 13 de maio, argumentou que, diante da pandemia de COVID-19 e do reconhecimento do estado de calamidade pública, seria necessário tornar efetivo o distanciamento social, entre outras ações de contenção da proliferação da doença.
Fonte: Poder360