O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nessa quinta-feira (30) que a proposta de Reforma Administrativa será enviada ao Congresso Nacional em “uma ou duas semanas”. O projeto terá “restrições políticas” e só afetaria a estabilidade dos próximos servidores públicos, segundo Guedes.
A avaliação do ministro é que a proposta mais conservadora “praticamente não tem oponentes” e é a mais simples de ser aprovada. Caberia aos Legislativo ampliar as mudanças para servidores atuais. As declarações foram feitas no evento Agenda Econômica e as Reformas 2020, promovido pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em São Paulo.
A reforma mais complexa, na opinião de Guedes, é o Pacto Federativo. Também nela, os congressistas devem tomar as rédeas da desindexação dos fundos orçamentários. “Eles que vão dizer em que ritmo vão querer assumir isso. Acabou o ‘superministro’”, falou.
Guedes também disse que a reforma tributária é “prioritária” e que o ministério irá “fazer de tudo para que ela seja aprovada neste ano”.
Mais que namoro
O ministro comemorou o que chamou de “aliança política de centro-direita” entre o Legislativo e o Executivo. Ele afirma que não há confronto, mas “total colaboração” entre o governo e o Congresso. Perguntado se o clima era de namoro, ele disse que “já passou dessa fase”.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também estava presente no evento e falou logo depois do ministro. O deputado cobrou celeridade do governo no envio de proposta da Reforma e avaliou como positivo o “protagonismo” do Legislativo no ano passado: “A responsabilidade de modernizar o Brasil não é exclusiva do Executivo”, declarou.
O democrata se disse otimista para 2020 e considerou que o ano eleitoral não irá atrapalhar o andamento das reformas na Casa. “Tá todo mundo pronto para votar, quem é contra e quem é a favor.” E acrescentou: “Não tirei a [Reforma] Administrativa da prioridade, é que eu preciso do pontapé do governo”.
Também participaram do encontro os secretários Waldery Rodrigues (Fazenda) e Paulo Uebel (Desburocratização, Gestão e Governo Digital).
Fonte: Poder360