Na manhã desta segunda-feira (10/01), o Ministério da Saúde informou que tem estoque suficiente para distribuir às redes municipais e estaduais em caso de aumento de casos graves de Covid-19, ao contrário de janeiro de 2021, quando o país passou por uma escassez de medicamentos usados na intubação de pacientes.
Segundo o ministro, o estoque do Ministério garante que uma demanda como a do pico da pandemia, registrada no primeiro semestre de 2021, possa ser atendida durante três meses. Ele diz também que, caso a demanda exceda o pico anterior, a indústria brasileira está preparada para atender um aumento emergencial da produção.
“Pedimos que os municípios e estados nos informe (sobre o aumento da necessidade de intubações), e nós todos juntos possamos garantir que não falte nenhum insumo estratégico como o oxigênio e o chamado kit de intubação orotraqueal. Mas quero tranquilizar os brasileiros (e dizer) que o Ministério da Saúde tem provisões”, disse Queiroga.
No ano passado, a produção brasileira chegou no limite no mês de março diante do aumento exponencial de casos que requeriam intubação. Apesar da oferta de produtos para intubação, Queiroga diz que o quadro do Brasil deve ser semelhante ao de países como Reino Unido, França e Estados Unidos com aumento de casos sem um aumento proporcional de internações e óbitos. “Temos a esperança de que não haja uma explosão de casos e óbitos porque nossa população está fortemente vacinada”, disse.
Redução do tempo de quarentena
Segundo o ministro, ainda nesta segunda-feira, o governo deve decidir pela redução do tempo de quarentena de dez para cinco dias para pessoas assintomáticas, e de sete dias para pacientes com sintomas leves de Covid-19.
“Hoje teremos uma definição acerca da questão da quarentena”, afirmou Queiroga. “A Secretaria de Vigilância e Saúde (do governo federal) deve se reunir com o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) para a gente bater a posição final.
Reabertura para países africanos
A Anvisa encaminhou uma sugestão de flexibilização da entrada de pessoas vindo de países da África, que tiveram sua entrada suspensa desde o ano passado por conta do avanço da Ômicron.
Segundo Queiroga, o gabinete que trata do assunto, formado pelos ministérios da Saúde, Justiça e Casa Civil, vai analisar a questão, mas o ministro não deu um prazo para que isso seja feito.
No dia 29 de novembro do ano passado, República da África do Sul, República de Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue tiveram voos para o Brasil suspenso.
Fonte: JTNEWS com informações da CNN Brasil