Policiais penais do Pará denunciam que o governador Helder Barbalho (MDB), mandou a Polícia Militar com todo seu aparato de grupos especiais, inclusive, a Cavalaria, confrontar com os policiais penais que estavam em manifestação pacífica na Avenida Almirante Barroso em Belém (PA), cobrando do chefe do Executivo estadual que cumpra promessa de campanha de regulamentar a Polícia Penal.
A atitude do governo paraense de mandar reprimir os manifestantes foi um ato de arbitrariedade, pois utilizou-se da força bruta e artefatos que somente justificaria em ações contra criminosos.
Um policial penal manifestante, que declinou de identificar-se por temer mais ações agressivas do governo, disse ao JTNEWS: "Por que o governador Helder Barbalho não usa a Polícia Militar para combater os criminosos do Comando Vermelho que matam policiais constantemente no Pará? Contra os policiais penais ele utiliza vários batalhões para combater profissionais da segurança pública, pais de família e concursados, que colocam suas vidas em risco para defender a sociedade", declarou o policial penal vítima das arbitrariedades do governo do Pará.
Todas as arbitrariedades ocorreram na tarde dessa terça-feira (23/05). A Polícia Militar usou bombas de efeito moral e balas de elastômero ou popularmente chamadas "balas de borracha" contra o grupo de policiais penais que se manifestavam em via pública. Esse tipo de balas chamadas "não letais", ao contrário do que dizem, elas são capazes de matar o ser humano, dependendo da distância e do local que alvejar a pessoa, bem como da situação de saúde da pessoa alvejada. Diretoria jurídica Núbia Maia fala aos manifestantes sobre as agressões sofridas pelos policiais penais e disse que terá consequências...
Equipes da Cavalaria e do Choque foram covardemente destacadas para agredir os policiais penais que manifestavam-se nas proximidades do Palácio do Governo. Conforme declarações do dirigente sindical Rosivan Santos, presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado do Pará (SINPOLPEN-PA), a Polícia Militar já chegou atirando nos manifestantes, em uma medida totalmente descabida e arbitrária, declaou o dirigente sindical dos policiais penais.
Fonte: JTNEWS