Saúde

Hospital de Campanha em Teresina é objeto de estudo de diversas pesquisas sobre a COVID-19

O estudo faz parte do Projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da UFPI no HCE

Foto: Governo do Piauí
Pesquisas científicas na área farmacêutica

Pesquisas científicas na área farmacêutica estão sendo realizadas no Hospital de Campanha Estadual (HCE) pela equipe de farmácia do hospital com um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI), lideradas pelo professor Lívio César com a colaboração da professora Graça Medeiros. O estudo faz parte do Projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da UFPI no HCE.

Foto: Governo do Piauí
Pesquisas científicas na área farmacêutica

O Hospital de Campanha Estadual, gerido por meio de convênio assinado entre a UFPI, Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) e Fundação Cultural e de Fomento à Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação (Fadex), diferencia-se dos demais hospitais de campanha por ser um polo de pesquisas científicas, por meio desse Projeto de PDI, coordenado pelo pesquisador Joel Rodrigues (UFPI).

“Estamos perante uma doença completamente nova, nos encontramos diante de um estado de pandemia e têm que ser encontrados tratamentos/manejo para combater a COVID-19. Temos o cenário do hospital de campanha que, em termos de logística de farmácia hospitalar e dos tratamentos para essa doença, é uma novidade", disse Joel Rodrigues.

"Os resultados de pesquisas científicas vão permitir gerar conhecimento para ser compartilhado a nível mundial. Toda evolução histórica do combate à pandemia, as questões das possíveis interações medicamentosas no protocolo clínico aplicado no hospital de campanha para o combate à COVID-19, serão seguramente relevantes para a comunidade científica e para a sociedade como um todo”, 

Segundo o professor Lívio César, o estudo envolve áreas de suma importância para o melhor conhecimento da doença/terapêutica e ressalta a importância do HCE no combate à pandemia.

Dentre as diversas pesquisas está o próprio “hospital de campanha em sua evolução histórica e o papel no combate a pandemia da COVID-19”, cujo objetivo é relatar por meio de pesquisa e estudos detalhados, a importância dos hospitais de campanha no combate à pandemia. Um outro estudo realizado traz para discussão as “possíveis interações medicamentosas em um protocolo clínico do Hospital de Campanha Estadual para Sars-CoV-2”.

“Não há comprovação clínica de eficácia dos medicamentos para o tratamento desta nova doença, todavia os medicamentos já são utilizados há mais de 20 anos na clínica médica e seu uso vê-se justificado pela falta de alternativas sabidamente eficazes ou fundamentado na melhor terapia disponível no momento", Graça Medeiros.

"Este estudo tem por objetivo elucidar as possíveis interações medicamentosas, efeitos colaterais e eventos adversos dos medicamentos utilizados no protocolo do Hospital de Campanha Estadual, discutindo sobre suas implicações no âmbito do Sars-CoV-2”, explicou.

No HCE também está sendo desenvolvida a “Análise das interações medicamento-alimento em protocolo clínico para COVID-19 no hospital de campanha”, já que, segundo o professor Lívio César, podem ocorrer possíveis interações entre os medicamentos e os alimentos/nutrientes das dietas de pacientes do hospital. “Espera-se com esse trabalho potencializar a recuperação dos pacientes, evitando reações farmacocinéticas que diminuam a ação farmacológica dos medicamentos utilizados no protocolo de tratamento da COVID-19”, disse o pesquisador.

Além disso, a professora Graça Medeiros cita o “estudo farmacoeconômico comparativo entre protocolos clínicos COVID-19 adotados por hospitais de campanha no Brasil”.

O estudo levanta protocolos clínicos de hospitais de campanha brasileiros e faz a comparação farmacoeconômica cruzando com o percentual de altas, tempo de permanência de internação e possíveis óbitos. Para, assim, identificar possíveis dificuldades, as intervenções com melhor terapia disponível e custo, e subsidiar a manutenção ininterrupta de uma cadeia logística de estoques.

Fonte: Governo do Estado do Piauí

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