Isaquias Queiroz conquistou na manhã deste sábado no Canal Sea Forest, na baía de Tóquio, a medalha de ouro na prova do C1 1000m da canoagem velocidade, com o tempo de 4m04s408. O baiano de 27 anos, que é o atual campeão mundial da distância, reafirmou sua condição de ícone da elite internacional da modalidade. Velejador baiano iguala a marca de Serginho e Gustavo Borges e tem o objetivo de se tornar o brasileiro com mais conquistas em Olimpíadas.
- Tô meio que aéreo ainda... É diferente ganhar uma medalha de ouro. Estou feliz, mas estou mais feliz por estar deixando vocês no Brasil mais felizes (...). É um trabalho longo, de uma vida inteira. Larguei tudo na minha vida para me dedicar ao esporte, não só eu, mas minha esposa também. Minha mãe passou por muita coisa na vida e hoje está vendo o filho medalhista de ouro, dedico a ela também essa medalha - disse Isaquias.
O brasileiro soma quatro medalhas olímpicas em sua carreira (o ouro de Tóquio e duas pratas e um bronze da Rio 2016). Foi o único brasileiro em toda a história a conquistar três metais em uma única edição do megaevento. Ele também ostenta 12 pódios em Campeonatos Mundiais (dos quais seis ouros) e quatro em Jogos Pan-Americanos (três ouros).
Isaquias contou que depois do título recebeu apenas mensagens positivas, de apoio, depois de não chegar entre os primeiros na disputa por duplas dias antes. Em tempos em que se debate tanto o discurso de ódio das redes e a pouca valorização de resultados que podem parecer frustrantes, torcedores anônimos espalhados pelo Brasil reconheceram o trabalho do maior nome da canoagem do país.
"O Brasil passou por muitos desafios ao longo desses anos, com Covid. Dedico muito a todas famílias que perderam entes queridos. Depois do C2 eu recebi muitas mensagens de carinho, nenhuma me criticando, e isso me ajudou bastante", colocou.
"É diferente ganhar uma medalha de ouro. Mais feliz ainda por estar deixando vocês no Brasil felizes. Eu prometi para vocês que eu ia ganhar".
Fonte: JTNEWS com informações da CNN Brasil