A taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo disparou para 455,1% ao ano em maio, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (28/6) pelo Banco Central (BC).
Em abril, a taxa estava em 447,5% ao ano. O patamar alcançado em maio é o maior em mais de seis anos, desde março de 2017, quando a taxa era de 490% ao ano.
O rotativo do cartão de crédito é uma linha de crédito pré-aprovada no cartão. Ela é acionada por quem não pode pagar o valor total da fatura na data de vencimento.
Em caso de inadimplência do cliente, o banco deve parcelar o saldo devedor ou oferecer outra forma de quitação da dívida, em condições mais vantajosas, em um prazo de 30 dias.
Segundo especialistas, o rotativo do cartão é a linha de crédito mais cara do mercado e deve ser evitada. A recomendação é a de que os clientes paguem o valor integral da fatura mensalmente.
Em abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou preocupação com a taxa de juros do cartão rotativo. Na época, ele disse que negociaria com os bancos uma possível redução. Até o momento, não houve avanços nesse sentido.
“O desenho do crédito do cartão rotativo está prejudicando muito a população de baixa renda. Uma boa parte do pessoal que está no Serasa hoje é por causa do cartão de crédito”, afirmou. “As pessoas não conseguem sair do rotativo. É preciso encontrar um caminho negociado como fizemos com a redução do consignado dos aposentados.”
Fonte: JTNEWS com informações do Metropoles