A Justiça de Teresina negou, nessa terça-feira (17), o pedido de prisão preventiva contra Pedro Lopes Lima Neto, conhecido como influenciador "Lokinho", acusado de atropelar uma família e causar a morte de duas mulheres. A decisão foi tomada pela juíza de direito Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina.
De acordo com a juíza, o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público não tinha fundamentos suficientes, uma vez que não foram apresentadas medidas cautelares que impedissem o acusado de sair ou consumir bebidas alcoólicas, apesar do envolvimento em um evento festivo após o crime. A juíza ainda afirmou que a participação em evento festivo não constitui motivo legítimo para a decretação da prisão preventiva de Lokinho.
O caso, que gerou grande repercussão nas redes sociais, envolve um acidente ocorrido na PI-130, em Teresina, em que Lokinho e seu namorado, Stanlley Gabryell Ferreira de Sousa, atropelaram uma família. O impacto resultou na morte de duas mulheres e deixou uma criança de 11 anos gravemente ferida. A menina, que ficou com sequelas graves, não consegue andar e ainda usa fraldas.
Após o crime, Lokinho foi amplamente criticado por continuar postando vídeos nas redes sociais, onde aparece dançando como se nada tivesse acontecido. Além disso, ele não procurou a família das vítimas para oferecer ajuda. O namorado de Lokinho, Stanlley, estava dirigindo o carro no momento do acidente, apesar de não possuir habilitação, e foi preso. A Justiça também indeferiu a reconsideração do pedido de revogação da prisão de Stanlley, que segue detido.
O julgamento de Lokinho está agendado para amanhã (19), às 11h30. Até o momento, o influenciador não demonstrou qualquer intenção de prestar apoio às vítimas do acidente, o que aumentou a indignação da sociedade e das famílias afetadas.
Fonte: JTNEWS