Iniciou nessa terça-feira (21/06) e segue até esta quinta (23) o 22º Congresso de Stress e QVT da ISMA-BR, no 24º Fórum Internacional de Qualidade de Vida no Trabalho, 14º Encontro Nacional de Qualidade de Vida na Segurança Pública e 14º Encontro Nacional de Qualidade de Vida no Serviço Público, com uma série de eventos em Porto Alegre (RS), que busca propor soluções e qualificações aos profissionais para o melhor gerenciamento do stress.
O evento conta com a colaboração institucional da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em que policiais mobilizados do PROVIDA, realizaram palestras e cursos sobre o tema da saúde e qualidade dos operadores de segurança pública como pesquisa, programas e recursos para implementação dos planos.
O evento que ocorre no Hotel Plaza São Rafael, conta com a participação da Policial Penal, Ludmila Abrante, da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), especialista em Gestão de Políticas Públicas UCAM e pós-graduanda em Promoção da Saúde ENSP/FIOCRUZ, a qual apresentou dois trabalhos com foco na mulher policial, assédio e promoção da saúde.
Ao JTNEWS, a policial penal destacou que a vida e a saúde dos operadores da segurança pública, principalmente das mulheres, não são temas debatidos como deveriam.
"A segurança pública hoje está em um momento de destaque, devido o aumento da violência. Porém, a vida e a saúde dos operadores da segurança pública, principalmente das mulheres, não são debatidos como deveriam.
Então, falar sobre a questão da mulher na segurança pública em um espaço dedicado como este, é fundamental para o desenvolvimento de instituições eficazes, justas (ODS 5 E 16 da agenda global da ONU) e que possam prestar um serviço de excelência para a sociedade", afirmou.
"Apresentei dois resumos conteúdos do meu trabalho de conclusão do curso lato-sensu, Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social da Escola Nacional de Saúde Pública ENSP/FIOCRUZ, que foram aprovados pela comissão científica do ISMABR. O primeiro aborda a questão dos assédios e discriminação de gênero nos ambientes de trabalho no sistema prisional, os determinantes sociais da saúde e os impactos na vida no contexto do trabalho no sistema penal, a partir da minha experiência da formação do coletivo MULHERES POLICIAIS PENAIS EM AÇÃO, que fundou o Projeto de Acolhimento Estrela Dinha Oliveira.
O segundo resumo, sugere ações de intervenção para as mulheres mais Policiais Penais no Rio de Janeiro que objetiva o fortalecimento das redes e grupos de apoio, empoderamento e cuidado de si e cuidado do outro como espaços de convivência, descompressão, oficinas, encontros guiados e terapias com ajuda de parceiros e recursos destinados", destacou Ludmila.
A policial, que possui mais de 20 anos de carreira, ressalta que existem muitos desafios para políticas de segurança penitenciária, dentre eles os serviço prestado aos internos e internas.
"São muitos, desde o serviço prestado aos internos e internas, atendendo as legislações e convenções internacionais até o cuidado dos seus colaboradores. Mas ser reconhecida como policia e estar no SUSP, traz oportunidades que antes não tinha. Os afastamentos de policiais e os tratamentos em saúde dos mesmos, quando revertidos em reais, custam milhões aos cofres públicos, bem mais do que os investimentos em programas de intervenções em Promoção da Saúde e bem-estar, que não só previnem as doenças e afastamento como promovem ambientes de trabalhos saudáveis aumentando a qualidade dos serviços prestados e o bem-estar geral de todos os envolvidos", pontuou.
Programação
Os temas selecionados para o congresso de 2022 atendem a uma demanda atual que envolve experiências empresariais e pesquisas na área. Uma oportunidade para pesquisadores, consultores e acadêmicos compartilharem as últimas tendências no futuro do trabalho, gerenciamento do stress, desempenho e bem-estar.
Confira AQUI a programação completa.
Fonte: JTNEWS