O ex-presidente Lula (PT) comentou, em entrevista coletiva com jornalistas após votar em São Bernardo na manhã deste domingo (15), sobre a conversa que teve com Ciro Gomes (PDT) no início de setembro.
Segundo o petista, é natural que ele e Ciro não estejam unidos nas eleições de 2022. "Temos o direito de sermos adversários. As pessoas esquecem que em 2016 o Haddad não foi para o segundo turno porque tivemos a companheira Marta, que tirou percentual de voto, tivemos a Luiza Erundina que foi candidata e tirou percentual de voto do Haddad. Então o governador [João Doria] ganhou as eleições", afirmou.
O encontro entre Ciro e Lula foi uma articulação do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), e ocorreu em São Paulo (SP), na sede do Instituto Lula. Ciro e Lula romperam nas eleições presidenciais de 2018. Na época, Ciro havia criticado a estratégia de manter o nome do ex-presidente como candidato, apesar de ele estar barrado na Justiça por causa da Lei da Ficha Limpa.
"É normal que os partidos lancem candidatos quando chegar em 2022, o PT tem muitos candidatos. É normal que o Ciro queira ser presidente da República, é normal que o Flávio Dino queira ser. É o normal que a Globo esteja procurando o Huck, tentando juntar ele com o Moro. Tudo isso é normal. A única coisa que não é normal é a manipulação que se tenta fazer com a sociedade brasileira", declarou Lula.
Lula afirmou que procurou ter uma conversa civilizada com Ciro Gomes. "A gente pode ter diversidade, a gente pode ter pontos de vista divergentes. Mas o que nós precisamos é adotar uma política de respeito mútuo entre os partidos e as pessoas dos partidos para que a gente possa trabalhar de forma que um candidato progressita de esquerda possa ganhar as eleições de 2022 e a gente, sinceramente, varrer do mapa político do país esse genocida, que liderado por milicianos, governa o Brasil", disse o ex-presidente.
Fonte: JTNEWS