O Banco do Nordeste investiu, em 2021, mais R$ 5,1 bilhões nos 16 territórios do AgroNordeste, o programa de fortalecimento das cadeias produtivas eleitas como prioritárias pelo Ministério da Agropecuária, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Desde seu lançamento, em 2019, já foram mais de R$ 9,75 bilhões em mais de 275 mil operações.
Os números foram ressaltados pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e pelo presidente do BNB, José Gomes da Costa, durante a cerimônia de entrega do Prêmio Banco do Nordeste AgroNordeste -- 2021, nesta quinta-feira (24/02), que homenageou projetos exitosos do agronegócio e agricultura familiar na área de atuação do banco.
A ministra Tereza Cristina afirmou ter visto a necessidade de uma política pública especial para o Nordeste, com espaço para um plano de ações integradas e identificou no Banco do Nordeste um parceiro ideal para implementar a iniciativa. Hoje, vê o coroamento dos primeiros resultados. “O Nordeste está andando muito mais rápido do que outras regiões”, avaliou, reconhecendo o surgimento de “várias Petrolinas e Juazeiros” pela região, como polos de excelência da fruticultura, por exemplo.
Assinatura de acordo
Na oportunidade, Tereza Cristina e o presidente José Gomes da Costa assinaram acordo de cooperação cujo objetivo é disciplinar ações integradas para expandir e qualificar o atendimento aos empreendedores rurais e urbanos de todos os segmentos da economia, por meio do acesso ao crédito no âmbito dos programas Agronordeste e Programa de Fomento à Agricultura Irrigada do Nordeste (Profinor).
Segundo o presidente Gomes, o BNB mobilizará os empreendedores dos diversos segmentos da economia para ofertar financiamentos, em conjunto com parceiros institucionais. Por sua vez, o MAPA viabilizará a assistência técnica aos produtores rurais beneficiados com crédito, por meio de parcerias com outras entidades.
Após a cerimônia de entrega do Prêmio, a ministra e o presidente visitaram a Fazenda Uruanã, em Chorozinho (CE), onde houve a entrega de títulos de regularização fundiária a centenas de pequenos produtores rurais.
Piauí
No Piauí, a solenidade de entrega do Prêmio Banco do Nordeste AgroNordeste - 2021 contou com participação do superintendente da instituição financeira no Estado, Diogo Martins, gestores de agências da capital, de Picos, bem como de representantes da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar, Emater, Embrapa Meio Norte, Senar, Conab, além de Superintendência Federal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que também integraram a comissão avaliadora da premiação.
Apicultor de Belém do Piauí (Território Alto Médio Canindé) e cliente desde 2006, Jorge Bezerra foi o selecionado no Estado. Com o seu último financiamento, efetivado em 2021, o produtor rural pôde adquirir mais 600 colmeias, assim como equipamentos e construção de um galpão para o melhor desenvolvimento de seu negócio, que possui, atualmente, 980 colmeias e foca em apicultura migratória, com venda direta a empresa do segmento.
“Só tenho a agradecer ao Banco do Nordeste por esse reconhecimento, pelo reconhecimento ao meu trabalho, pois me ajudou muito. Eu estava na metade do caminho que gostaria de chegar, de início, e cheguei ao final em um prazo bem menor por conta desse apoio. Vamos continuar juntos nessa caminhada”, frisou Jorge Bezerra.
“Para o Banco do Nordeste, é uma grande honra a promoção de mais um reconhecimento também no Piauí. O Sr. Jorge é exemplo e motivo de orgulho para todos nós, que seguimos firmes no propósito de cumprimento de nossa missão. Somente em 2021, foram mais de 4,8 bilhões aplicados no Estado, em mais de 500 mil operações, em todos os setores da economia. Quando consideradas apenas as contratações rurais, foram aplicados R$ 1,7 bilhão, volume cerca de 20% superior a 2020, e que concentra 80,3% do crédito rural do Piauí. São números que vão além de números e evidenciam a importância do trabalho das equipes do Banco em todos os 224 municípios piauienses”, enfatizou Diogo Martins, superintendente do BNB.
AgroNordeste
O AgroNordeste é um plano de ação elaborado pelo Governo Federal para impulsionar o desenvolvimento econômico e social sustentável do meio rural da região Nordeste. Foi lançado em outubro de 2019 e conta com 301 municípios dos nove estados do Nordeste, além de Minas Gerais e Espírito Santo, divididos em 16 Territórios.
Para contribuir para o desenvolvimento dos territórios do AgroNordeste, o Banco do Nordeste disponibilizou R$ 5,1 milhões por meio do edital Fundeci 02/2019 - Desenvolvimento Territorial - Difusão e Transferência de Tecnologia em Territórios Prioritários do Plano Agronordeste do MAPA e do Programa de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste (Prodeter). Puderam participar da chamada pública as instituições públicas e privadas sem fins lucrativos sediadas na área de atuação do Banco, tendo sido selecionados 21 projetos.
No contexto do fato
No que pese entender que é importante essa discussão apresentada pelo BNB de difusão de suas ações [óbvio que tal iniciativa é positiva], mas tem algo que o Banco do Nordeste não vem enfrentando, principalmente visando uma resposta à sociedade, e sobretudo, aos empreendedores que bucaram financiamento no Banco nesses últimos 5 anos principalmente.
Essa situação que o JTNEWS traz por meio de informações ao conhecimento do público leitor, versa sobre o acréscimo exacerbado no valor pago por qualquer financiamento no BNB.
É algo que causa tremenda exclusão, notadamente aos pequenos e micro empreendedores, pois esses financiamentos do BNB são injustos e vão de encontro aos objetivos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), é estarrecedor essa correção das parcelas do financiamento (empréstimo) tendo como base o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo).
Esses empréstimos nos quais o BNB concede certa carência ao empreendedor para começar pagar, o Banco está cobrando baseado numa política econômica equivocada do governo Bolsonaro-Guedes que é no IPCA.
O IPCA é um índice que mede a variação de preços de mercado para o consumidor final, implementado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mensalmente, ele representa o índice oficial da inflação no Brasil, a qual está altíssima. As pessoas que receberam esse tipo de financiamento, estão desesperadas, pois chegam a pagar até 4 vezes o valor do "principal". Isso é uma lástima para com os necessitados, que, jamais, sabiam dessa "armadilha" quando receberam seus financiamentos, isso porque essas pessoas realmente negligenciam claro, involuntariamente, considerando a necessidade de receber o tão importante financimaneto.
O Governo Federal, por meio de seus órgãos competentes deve adotar urgentemente uma ação diferenciado no Banco do Nordeste do Brasil (BNB), pois esse Banco é para melhorar a vida do nordestino, claro, de todos que a essa instiuição bancária recorrem e não aviltar ainda mais, a vida desses pequenos empreendedores principalmente.
Esses indiscutivelmente são os mais prejudicados com essa política excludente e maléfica, uma situação arrasa a vida dos microempresários e das pessoas físicas necessitas que recorreram ao Banco do Nordeste para serem socorridas em determinadas circunstâncias e terminam gastando imensamente mais que se fosse algo subsidiado de forma justa.
Lembrando que Banco do Nordeste tem por obrigação subsidiar esses programas em favor dos menos favorecidos, pois foi com essa finalidade que os constituintes originários de 87/88, estabeleceram na a Constituição da República Federativa do Brasil em 1988, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste.
O que é o FNE?
O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) é o principal instrumento financeiro da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) para a Região e um dos pilares do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), veio com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais e regionais preconizada pela Constituição Federal brasileira, suscitando a existência de políticas públicas que promovam a diminuição das diferenças inter e intrarregionais, mediante a democratização de investimentos produtivos que impulsionem o desenvolvimento econômico com a correspondente geração de emprego e renda.
O FNE foi criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei nº 7.827, de 27/09/1989, para ser uma fonte estável de recursos para o financiamento das atividades produtivas da região Nordeste e do Norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, para estudantes abrangidos pelo Programa de Financiamento Estudantil (P-FIES) e para pessoas físicas, mini e microgeradoras de energia fotovoltaica, em condições apropriadas para a promoção do desenvolvimento econômico e social.
Fonte: JTNEWS com informações do BNB