O Ministério da Justiça e Segurança Pública ofereceu apoio aos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul no combate aos incêndios no Pantanal. Segundo o jornal Estado de S. Paulo, o ministro André Mendonça conversou no fim de semana com os governadores Mauro Mendes (DEM-MT) e Reinaldo Azambuja (PSDB-MS).
O governo federal deve custear as diárias de bombeiros de outros Estados para atuar no enfrentamento das queimadas e preste apoio logístico às operações. A Secretaria Nacional de Segurança Pública realizou um levantamento de ações a serem feitas no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O órgão contactou outros Estados para avaliar a disponibilidade de mobilização do efetivo.
Segundo o Estadão, o governador de Mato Grosso formalizará nesta segunda-feira (21) um pedido de ajuda ao Ministério da Justiça. Mendes vai solicitar o envio da Força Nacional à região.
“O governador vai solicitar já de manhã todo o apoio de estrutura e de pessoas para contribuir com o combate aos incêndios em todo o estado de Mato Grosso. Já temos o apoio do Exército, que está na região do Araguaia, temos o apoio da Marinha, que está no Pantanal, mas a Força Nacional vem somar mais esforços no combate aos focos de incêndios”, disse o secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Mauro Carvalho.
“Vamos priorizar as áreas que têm mais necessidade hoje. Em função das chuvas, tem áreas que já não tem tanta necessidade como na semana passada. Uma reunião estratégia vai definir os locais onde a Força Nacional vai atuar”, falou o secretário.
Senadores visitaram a região
Congressistas que integram a comissão temporária externa do Senado criada para acompanhar as ações de enfrentamento aos incêndios no Pantanal realizaram no sábado (19) uma visita a Mato Grosso, Estado que abriga parte do bioma. O grupo se reuniu com representantes de proprietários de fazendas e pousadas, de organizações não governamentais e cientistas.
O presidente da comissão, senador Wellington Fagundes (PL-MT), classificou como “devastador e desolador” o cenário visto pelo grupo frente à destruição da fauna e da flora pantaneira.
“Hoje a situação do Pantanal é um estado de guerra. Brigadistas e voluntários estão trabalhando de forma sobre-humana por causa da falta de planejamento. Não nos calçamos através da ciência e da tecnologia para isso”, disse o senador, atribuindo o problema das queimadas à falta de planejamento do governo federal.
Fonte: Poder360