Segurança Pública

Ministério Público denuncia 27 membros de facção que trazia drogas da Bolívia para Teresina

A denúncia foi apresentada pela Promotoria de Justiça Especializada em Organizações Criminosas.

Foto: Polícia Civil / Divulgação
Operação Denarc 60

A 27ª Promotoria de Justiça Especializada em Organizações Criminosas do Ministério Público do Piauí denunciou 27 alvos da Operação Denarc 60, deflagrada em outubro deste ano, pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro para o tráfico de drogas oriundas da Bolívia, orquestrado por membros da facção Família do Norte, com sustentáculo no Bonde dos 40 no Piauí.

Foto: Polícia Civil / Divulgação
Operação Denarc 60

Conforme a denúncia obtida com exclusividade pela Coluna, a investigação do Departamento Estadual de Repressão aos Narcóticos revelou que Relatórios de Investigação Financeira (RIFs) enviados pelo COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificam várias anomalias em operações financeiras, que apontaram indícios da prática do crime de lavagem de capitais por parte da organização criminosa, que tem como líder Leandro dos Santos Chaves, membro da facção “Família do Norte”, oriunda da região Norte do Brasil.

A partir do acesso a informações sigilosas, o DENARC identificou uma extensa rede criminosa formada por Leandro Santos Chaves, considerado do cabeça do grupo, além de Angelo Pereira Lobo; Francisco Prata Chaves; Maicon Borges dos Santos; Vagner da Silva Carvalho; Andrezza Rodrigues Lobo; Raquel Baborsa de Oliveira ; Gilberto Maiony Lima Torres; Jocélio Mendes de Oliveira Filho; Ryan Cristopher de Sousa Gomes; Josué Cândido do Nascimento Neto, vulgo “Boca”; Benilson Silva Gatinho, vulgo “ Monstrão”; Francisco das Chagas de Deus Cruz; Jaime Machado Costa Filho; Jadiel Roberto da Silva; Malaquias Prata da Silva; Everton Valdevan Barbosa da Silva; Francisco Couto Teles Júnior; Maicon César da Silva Fernandes; Alcindo Alves de Sousa (vulgo “Alcino” ou “Toguro”); Ramaianny Fontineles dos Santos (Vulgo “Mai); Jordane Rocha Ferreira Mascarenhas, vulgo “Cara de Jegue”; Marcio Pimentel Cunha Nery, vulgo “Cara de Gato; Júlio César Costa Veras; Kaue Moura Sales, vulgo “Kauê Água Branca”; Leonardo Davis Brandão Do Vale; Antônio Victor de Araújo Amancio; Sinézia Prata Silva; Auriene Alves de Sousa; Rômulo Raphael dos Santos Morais; e Hisna Sampaio de Sousa.

Durante as investigações, os policiais conseguiram identificar que o grupo se utilizava de veículo tradicionais, como carros, bem como caminhões, que eram adaptados por profissionais especializados em mecânica automotiva, a fim de fazer com que as drogas fossem acondicionadas de modo a não chamar atenção da fiscalização e, assim, chegassem ao destino final, que era Teresina, no Piauí.

Ao chegar em Teresina, a droga era comercializada e o dinheiro oriundo do tráfico era movimentado através de empresas revendedoras de veículo, muitas delas, cerca de 9, existiam apenas no papel, mas não possuíam funcionários, tampouco estrutura física.

Como se dava a atuava facção que operava tráfico interestadual de drogas
Sob a liderança de Leandro Santos Chaves, que exercia figura central na organização criminosa, o DENARC identificou vários personagens, dentre eles Leandro, que se utiliza de outras identidades falsas para facilitar a empreitada criminosa e embaraçar e evitar a persecução penal.

Hierarquicamente abaixo de Leandro estão: Vagner da Silva Carvalho, que também possui mais de uma identidade assim como Leandro e que é um dos homens de confiança dele; Raquel Barbosa de Oliveira, responsável pela contabilidade do grupo; Gilberto Maiony Lima Torres, responsável pela lavagem de dinheiro e distribuição de entorpecentes; Jocélio Mendes de Oliveira Filho, vulgo “JA”, homem de confiança de Leandro e responsável pela lavagem de capitais.

Somam ao grupo Ryan Cristopher de Sousa Gomes, Josué Cândido do Nascimento Neto, vulgo “Boca”, e Benilson Silva Gatinho, Vulgo “Monstrão”, distribuidores de entorpecentes maiores e mais próximos do comando da organização criminosa, os quais também cometem o crime de lavagem de capitais.

Foram identificados outros envolvidos com a empreitada criminosa: Francisco das Chagas de Deus Cruz, responsável pela modificação de veículos para transporte de drogas; Jaime Machado Costa Filho, motorista de caminhão que transporta entorpecentes; Jadiel Roberto Da Silva, borracheiro, responsável por preparar os pneus para transporte da droga; Malaquias Prata Da Silva, tio de Leandro, motorista, responsável pelo transporte da droga; Everton Valdevan Barbosa Da Silva, motorista e responsável pelo transporte de entorpecentes; Francisco Couto Teles Júnior, responsável pela contratação de frete para transporte de armas e drogas; e Maicon César Da Silva Fernandes, mula do tráfico.

No escalão inferior, tem-se o Núcleo de “distribuidores” menores de entorpecentes, os quais recebem a droga de Leandro para guarda/transporte/venda: Alcindo Alves De Sousa, Ramaianny Fontineles dos Santos, vulgo “MAI”; Jordane Rocha Ferreira Mascarenhas, vulgo “Cara De Jegue”; Marcio Pimentel Cunha Nery, Vulgo “Cara De Gato; Júlio Cesar Costa Veras; Kauê Moura Sales, Vulgo “Kauê Água Branca”; Leonardo Davis Brandão Do Vale; E Antonio Victor De Araujo Amancio.

Há ainda o Núcleo de Lavagem de Dinheiro, organizado ainda que informalmente por pessoas que cometem o crime de lavagem de dinheiro para a Orcrim, como Auriene Alves De Sousa (Esposa De Jocelio), Rômulo Raphael Dos Santos Morais De Hisna Sampaio De Sousa.

Fonte: JTNEWS com informações do GP1

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