O Ministério Público do Piauí, por meio da 54ª Promotoria de Justiça de Teresina, denunciou o cabo da Polícia Militar Leonardo Geyson de Sousa Silva pelo crime de estelionato. Ele é acusado de aplicar golpes financeiros contra outros policiais, lhes prometendo altos rendimentos em investimentos na bolsa de valores e fundo imobiliário.
A denúncia foi apresentada nessa sexta-feira (17) pela promotora Gianny Vieira de Carvalho, que também requereu indenização no valor mínimo de R$ 100 mil à vítima por danos materiais e morais.
Conforme formulado pela representante ministerial, uma das vítimas contatadas pelo cabo Leonardo Geyson, acreditando nas ofertas de investimento, fez inúmeras transações bancárias e entregou dinheiro em espécie ao denunciado entre os meses de julho e agosto de 2024. Durante esse período, a vítima contabilizou um prejuízo de R$ 37 mil.
Durante as diligências, o policial abordado por Leonardo Geyson declarou que, após o registro do boletim de ocorrência, o acusado transferiu R$ 12 mil, mas depois não recebeu mais nenhum retorno do denunciado. A promotora Gianny Vieira ainda destacou que o cabo da PM já responde por um crime de mesma natureza.
Diante dos elementos que indicam a autoria e a materialidade delitiva, o Ministério Público denunciou Leonardo Geyson de Sousa Silva.
Denunciado por deserção
No dia 13 de novembro de 2024, o Ministério Público do Piauí denunciou o cabo Leonardo Geyson pelo crime de deserção, previsto no artigo 187 do Código Penal Militar. Ele, que era lotado no Quartel do Comando Geral (QCG), em Teresina, ausentou-se do serviço no dia 23 de outubro de 2024 e só retornou no dia 7 de novembro, totalizando 15 dias de ausência.
Nesse sentido, foi constatado que o policial ultrapassou o limite de oito dias sem licença. Ele foi preso no dia em que se apresentou voluntariamente e encaminhado para o Presídio Militar.
O que diz a defesa
A defesa solicitou liberdade provisória para o acusado e alegou que o afastamento de Leonardo Geyson se deu em meio às ameaças que ele recebeu, relacionadas a um processo cível. Ainda afirmou que o denunciado enfrenta problemas psicológicos, razão pela qual precisa de tratamento de saúde no Centro de Assistência Integral à Saúde da Polícia Militar do Piauí.
O pedido foi negado pela juíza Maria do Socorro Rocha Cipriano, que determinou a realização do procedimento médico necessário nas dependências do presídio militar.
Diante das denúncias, que envolvem fraude e deserção, a Corregedoria da PM-PI instaurou procedimento para apurar o caso.
Fonte: JTNEWS com informações do GP1