O especialista em Direitos Humanos, Segurança Pública, Política e Estratégia e colunista no JTNEWS, Cristiano Tavares Torquato, celebrou o início da demolição do Presídio Central de Porto Alegre para a construção da nova estrutura da penitenciária.
Cristiano Torquato que esteve presente nesta quarta-feira (27/07) no início das obras, destacou que a demolição do presídio se trata de um forte movimento de policiais, órgãos do executivo, do judiciário e do legislativo, além da sociedade civil e destaca que esse é um momento histórico para o país.
“Presenciei hoje o melhor exemplo do processo de melhoria nos sistemas penitenciários que vem tomando conta de vários estados brasileiros! A demolição do Presídio Central de Porto Alegre, desde a demolição do extinto Carandiru, é a maior simbologia do silencioso, mas forte movimento de policiais, órgãos do executivo, do judiciário e do legislativo, além da sociedade civil, para virar a página do passado de mazelas em prol de um sistema penitenciário de primeiro mundo, mais firme, humano, inclusivo e cidadão. Momento histórico que o Brasil merece. Parabéns, RS”, disse.
De acordo com Secretaria de Segurança do Rio Grande do Sul, garantir e efetivar os direitos às pessoas privadas de liberdade é trabalhar para fortalecer o processo de ressocialização e reintegração social.
“A demolição e reconstrução das galeria do antigo presídio central demonstra que é possível promover a mudança de paradigma no sentido de garantir dignidade e respeito às forças de segurança pública, em especial as carreiras da polícia penal, às pessoas privadas de liberdade e seus familiares. Garantir e efetivar direitos a essas pessoas é trabalhar para fortalece o processo de ressocialização e reintegração social, garantindo, consequentemente, que a segurança da sociedade também saia fortalecida”, destacou.
As obras devem durar 12 meses. A primeira etapa prevê a demolição de quatro módulos e a construção de novos espaços no local. Na segunda fase, outros três módulos irão ser construídos. O investimento é projetado em R$ 116,7 milhões.
A primeira tentativa de demolição foi proposta em 1995, sem sucesso. Em 2008, o governo do estado ampliou o local, com a inauguração de quatro pavilhões. Em 2014, o Executivo chegou a dar início à demolição do presídio, com a destruição de um pavilhão. No entanto, as obras não foram adiante.
Ainda segundo a Secretaria, para investir em políticas públicas de saúde, trabalho prisional e educação só é possível quando há um lugar adequado.
“Investir em políticas públicas de saúde, educação e trabalho prisional só é possível com estabelecimentos adequados para essas práticas. É isso que estamos fazendo, construindo uma nova realidade e preparando o futuro do sistema penal e socioeducativo do RS”, ressaltou.
Fonte: JTNEWS