Em despacho sigiloso de duas páginas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes liberou as contas bancárias dos empresários bolsonaristas que foram alvo de uma operação da PF autorizada por ele.
A decisão, proferida nessa quarta-feira (14/09), diz que “em razão da passagem do feriado de 7 de Setembro e da efetivação do afastamento dos sigilos bancários, medida que possibilitará o aprofundamento da investigação e eventual financiamento de atos criminosos, não configura-se mais necessária a manutenção do bloqueio dos ativos financeiros das pessoas nominadas”.
O caso
A Polícia Federal (PF) realizou, no dia 23 de agosto, uma operação que teve como alvo um grupo de empresários que teriam defendido um golpe de Estado no Brasil caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições em outubro.
Na ocasião, foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra oito empresários (veja a relação abaixo) em dez endereços distribuídos entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.
As buscas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em uma decisão no dia 19 de agosto. Moraes também determinou a quebra de sigilo bancário e oitiva dos empresários, além do bloqueio das contas nas redes sociais.
Ao menos 35 policiais federais participaram da ação, que acontece no âmbito do inquérito das milícias digitais. A denúncia que envolve os empresários surgiu de uma reportagem do jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, que obteve mensagens trocadas entre os empresários em um grupo privado no WhatsApp.
Entre os alvos da Polícia Federal estão:
Afrânio Barreira Filho, do grupo Coco Bambu
Ivan Wrobel, proprietário da construtora W3
José Isaac Peres, sócio-fundador da Multiplan
José Koury, proprietário do Barra World Shopping
Luciano Hang, das lojas Havan
Luiz André Tissot, do grupo Sierra
Marco Aurélio Raymundo (Morongo), das lojas Mormaii
Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa
Fonte: CNN Brasil