Justiça

MPF denuncia Wilson Witzel por corrupção ativa e lavagem de dinheiro

Além disso, o Ministério Público Federal requereu a perda de função pública para Witzel e indenização por danos morais de, no mínimo, R$ 106,7 milhões

Foto: Agência Brasil
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nessa terça-feira (15/12) o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel; o presidente do PSC, pastor Everaldo; o ex-secretário de Saúde do Rio, Edmar Santos; pelos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro por meio de organização criminosa. Empresários e advogados também foram denunciados pelo MPF.

Foto: Agência Brasil
O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel

A denúncia foi oferecida ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e está ligada às investigações da Operação Kichback.

Além disso, o MPF requereu a perda de função pública para Witzel e indenização por danos morais de, no mínimo, R$ 106,7 milhões, valor estimado no dobro do que foi desviado e lavado pelos denunciados.

Segundo a denúncia, houve pagamento de vantagens indevidas no valor de R$53,37 milhões a empresários, com a intenção de obter facilidades no pagamento de valores inscritos em restos a pagar, devidos pela Secretaria de Saúde à organização social Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus entre 8 de julho de 2019 a 27 de março de 2020. 

As investigações que envolvem Witzel foram iniciadas pela Procuradoria da República no RJ e pelo Ministério Público estadual (MP/RJ) e, devido ao foro privilegiado do político junto ao STJ, foram enviadas à Procuradoria-Geral da República (PGR). As informações deram origem às operações Placebo e Favorito. 

Após as deflagrações das operações, o ex-secretário de Saúde do Rio Edmar Santos assinou um acordo de colaboração premiada com o MPF e revelou crimes praticados durante o governo de Witzel, continuando os esquemas que eram executados pelos ex-governadores Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão.

Com as novas investigações, foi deflagrada a Operação Tris in Idem, que culminou com o afastamento temporário de Witzel do governo e com a prisão preventiva de vários integrantes do Executivo estadual.

Do montante de R$ 53,366 milhões transferidos do Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, o MPF já mapeou mais de R$ 22,774 milhões.

Outro lado

Em sua conta no Twitter, o governador afastado Wilson Witzel disse que a denúncia apresentada pelo MPF é “absolutamente sem provas” e se trata de “mais uma tentativa do MPF de promover o meu linchamento moral, imputando a mim responsabilidade penal objetiva.”

Witzel também disse que jamais compactuou com qualquer tipo de irregularidade ou recebeu vantagem ilícita em razão do cargo.

Fonte: JTNEWS com informações da Agência Brasil

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