Sob a justificativa de ter tido contato com dois assessores que foram diagnosticados com COVID-19, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello informou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia que não poderá comparecer ao Senado amanhã (05/05) para prestar esclarecimentos. A informação foi dada nesta terça-feira (04/05) pelo vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Como ministro que mais tempo ficou na pasta durante a pandemia do novo coronavírus – 10 meses – o depoimento de Pazuello, aprovado na semana passada pela CPI, é um dos mais aguardados, por isso, foi o único da semana que a comissão reservou um dia inteiro.
O ex-ministro que estava no comando da pasta no auge da crise da COVID-19, deve ser questionado, entre outros assuntos, sobre a falta de oxigênio em Manaus, o número de mortes e infectados pela doença e demora na compra de vacinas.
Com o impedimento de Pazuello, uma nova data deve ser marcada para a ida do ex-ministro ao Senado, visto que muitos senadores resistem à possibilidade de depoimentos remotos. Senadores querem evitar que os convocados recebam orientações sobre como responder às perguntas, em depoimentos remotos.
Por decisão do presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), o depoimento do antecessor dele, o médico Nelson Teich, que seria na tarde hoje foi adiado para amanhã.
Sobre a CPI da Pandemia
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, adiada para amanhã (05/04), acontecerá de forma semipresencial, e receberá os primeiros depoimentos de ex-ministros da Saúde. Serão ouvidos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.
Ambos estarão presencialmente na sala da CPI e serão ouvidos na condição de testemunhas. Mandetta deixou o cargo ainda no início da pandemia, em meados de abril de 2020. À época, o Brasil registrava 1.924 mortes. Já o médico Nelson Teich, que sucedeu Mandetta, ficou menos de um mês no ministério.
Rito
Na primeira parte da reunião, Mandetta responderá, primeiramente, a questionamentos elaborados pelo relator, senador Renan Calheiros (MDB/AL), que tem prioridade para fazer as perguntas e tempo livre para isso. Pelo menos 50 questões foram preparadas pelo senador.
Na sequência, os demais senadores membros titulares, suplentes e até os não membros da CPI terão cinco minutos para fazer perguntas. O depoente tem outros cinco minutos para responder. Para réplica e tréplica serão destinados outros três minutos aos parlamentares.
Fonte: JTNEWS com informações da Agência Brasil