Em entrevista ao JTNEWS nessa segunda-feira (03/05), Auricélia Nunes, vice presidente da Associação Piauiense pelos Direitos Iguais (APIDI), atleta da Seleção Brasileira de Parabadminton [atualmente ocupando o segundo lugar no ranking nacional, juntamente com outros integrantes da Associação, notificam o motivo da denúncia aos aplicativos.
Segundo os depoimentos, as pessoas com deficiências enfretam dificuldades na locomoção por meio dos transportes por aplicativo, em especial a empresas Uber e 99, relatando que os motoristas aceitam levar os passageiros, mas se recusam a levar as cadeiras de rodas.
"Eu quero saber para quê serve esse aplicativo? A não ser que esse serviço seja somente para pessoas andantes, mas eles devem explicar e porquê; senão as pessoas com deficiência vão continuar precisando, e vamos continuar sendo descriminadas", declara a atleta de parabadminton.
Já a mãe de José Wilson, de 15 anos, que tem paralisia cerebral e deficiência múltipla, Samara Evangelista afirma que já deixou de ir a consultas e outros compromissos importantes por falta de transporte. "É uma situação difícil porque como vou levar a criança sem a cadeira? Indaga Samara. Eles inventam alguma desculpa e não aceitam.", diz Samara.
Auricélia afirma que será enviada por meio da APIDI, uma denúncia para o Ministério Público sobre os fatos ocorridos, sobretudo em Teresina, e declara que tem como prova as capturas de tela e relatórios dos vários cancelamentos das corridas solicitadas.
Esse tipo de situação constrangedora caracteriza ofensa à dignidade humana do consumidor com deficiência e as empresas de transporte por aplicativo como Uber, 99 podem ser responsabilizadas judicialmente pela conduta de seus motoristas.
Confira a seguir o vídeo da entrevista feita pelo JTNEWS:
Fonte: JTNEWS