A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Involuto na manhã desta quarta-feira (9), com o intuito de apurar desvio de recursos públicos destinados a aquisições de máscaras e óculos de proteção à COVID-19, no município de Hortolândia, no interior paulista.
Estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, nos municípios de Hortolândia, Campinas, Indaiatuba, Santo André, São Paulo e Araras.
As investigações foram iniciadas no mês de setembro de 2020 e buscam apurar irregularidades na utilização de verbas públicas em quatro contratos distintos de compra de materiais, firmados no período de 18 a 23 de março de 2020.
As investigações constataram que, em ao menos dois desses contratos, a cotação de preços da prefeitura foi direcionada para empresas controladas por integrantes de uma mesma família, com o objetivo de se chegar a um preço de contratação acima do de mercado.
A PF confirmou a existência de vínculos de amizade e de parentesco entre os sócios das quatro empresas selecionadas como fornecedoras pelo município de Hortolândia e que uma dessas pessoas jurídicas atua no ramo de fabricação e/ou compra e venda de móveis, inexistindo indício de prévia atuação no comércio de equipamentos de proteção hospitalar.
Além dos indícios de direcionamento das contratações em benefício de empresas específicas, o Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo constatou superfaturamento por parte dos fornecedores, totalizando prejuízo ao erário no montante superior a R$ 724 mil.
Segundo a PF, o nome da operação Involuto vem do latim e significa rosto coberto, fazendo alusão aos objetos dos contratos investigados (máscaras e óculos) e aos eventuais destinos ocultos dos recursos públicos.
Fonte: JTNEWS