Justiça

PGR pede prorrogação de inquérito por indícios de propinas pagas a Renan Calheiros

O senador é investigado por suposta prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em esquema na Transpetro – subsidiária de logística e transporte da Petrobras

Foto: Sérgio Lima/Poder 360
Senador Renan Calheiros

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que prorrogasse por 60 dias as investigações no inquérito que apura suspeitas de irregularidades no Estaleiro Rio Tietê. O motivo é que existem "fortes indícios" do recebimento de propinas pagas ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) através de supostas doações eleitorais.

Foto: Sérgio Lima/Poder 360
Senador Renan Calheiros (MDB-AL)

"Os elementos de prova até então arrecadados indicam que houve o recebimento de vantagens indevidas pelo Senador da República Renan Calheiros, pelo menos no ano de 2010, pagos por empresas que formavam o consórcio para construção do Estaleiro Rio Tietê, com a intermediação de Bruno Mendes", disse a PGR. O órgão pede a realização de uma oitiva com Renan e, ainda, diligências com delatores e investigados no caso.

O senador é investigado por suposta prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em esquema na Transpetro – subsidiária de logística e transporte da Petrobras. Segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF), de 2008 a 2010, Renan teria solicitado propina ao então presidente da Transpetro, Sérgio Machado, na forma de doações eleitorais a aliados políticos. A propina, que teria totalizado R$ 150 mil, foi paga por meio de doação da empresa NM Serviços para o Diretório Estadual do MDB em Tocantins, em setembro de 2010, segundo a procuradoria.

O advogado do senador, Luis Henrique Machado, disse que "mais uma delação irresponsável de Sérgio Machado. Mesmo gravando clandestinamente o senador Renan, ele não obteve qualquer prova, tampouco abordou o assunto sobre o estaleiro do Tietê. Vale lembrar que, ao todo, são 12 processos arquivados em relação ao senador, na sua grande maioria pautadas por delações infundadas e despidas de justa causa".

Fonte: Poder360

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