A mãe de uma estudante de 17 anos, da cidade de Água Branca, distante cerca de 100 quilômetros de Teresina, registrou boletim de ocorrência nessa quinta-feira (7) contra o vereador, Luiz Faustino de Sousa (PT) que teria, supostamente, importunado sexualmente sua filha, uma adolescente trans.
O caso foi registrado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), que também é responsável pelo atendimento a grupos vulneráveis, incluindo crianças e adolescentes. A delegada Ravena Rodrigues, titular da DEAM de Água Branca, está à frente da investigação e não quis comentar o caso, mas confirmou que a polícia está investigando a denúncia. "A denúncia foi realizada, fato ocorrido ontem, o inquérito policial foi instaurado", disse. A defesa do vereador negou as denúncias.
Segundo a mãe, a jovem desceu do ônibus escolar e teria ligado para ela, pedindo para que a fosse buscar no ponto. A mulher disse à filha que não poderia ir buscá-la. Sem a companhia da mãe, ela teria aceitado a oferta de carona feita pelo vereador, por já o conhecer.
"O vereador ofereceu uma carona para ela e em vez de deixar a minha filha na porta de casa subiu com ela, para uns terrenos acima e chamou ela para fazer o que não presta, é muito difícil para eu falar", disse a mãe aos prantos.
No vídeo a mulher descreve pedidos de cunho sexual, supostamente, feitos pelo parlamentar à adolescente. "Ele pediu para botar a boca dela no 'negócio' dele. Ele pegou na mão dela para colocar no 'negócio' dele lá. Minha filha, com medo, pediu para ele parar e, disse que queria vir para casa. Ele voltou com ela e em vez de deixar minha filha na porta de casa deixou ela lá no baixão", explicou.
Defesa do vereador
A advogada Maria Clara Abreu acompanhou o vereador até a delegacia, ainda na quinta-feira (7). "Ele se dirigiu espontaneamente até a delegacia, respondeu ao interrogatório e prestou seu depoimento", disse a advogada.
Agora o vereador está sendo acompanhado pelo advogado Danilo Soares, que informou ao Cidadeverde.com que o parlamentar ofereceu carona à estudante por conhecer a família da jovem e, que, em seu depoimento, esclareceu todos os fatos.
Procurado, o Conselho Tutelar do Município de Água Branca disse que, por lei, não pode comentar denúncias recebidas.
Fonte: JTNEWS com informações da Cidade verde