Na manhã desta terça-feira (23/08), a Polícia Federal (PF) deu início a uma operação que tem como alvo um grupo de empresários que teriam defendido um golpe de Estado no Brasil caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições de outubro.
Conforme a Polícia, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão contra oito empresários em dez endereços distribuídos entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. Trinta e cinco policiais federais participam dessa ação.
As buscas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em uma decisão no último dia 19. Moraes também determinou a quebra de sigilo bancário e oitiva dos empresários, além do bloqueio das contas nas redes sociais.
A denúncia surgiu a partir de uma reportagem do jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, que obteve mensagens trocadas entre os empresários em um grupo privado no WhatsApp.
Entre os alvos da Polícia Federal estão:
- Afrânio Barreira Filho, do grupo Coco Bambu;
- Ivan Wrobel, da construtora W3;
- José Isaac Peres, da Multiplan;
- José Koury, do Barra World Shopping;
- Luciano Hang, das lojas Havan;
- Luiz André Tissot, do grupo Sierra
- Marco Aurélio Raymundo; das lojas Mormaii;
- Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa
Pedido de investigação
No último dia 18, o Live CNN revelou em primeira mão o pedido de quatro associações de juízes e juristas ao Supremo Tribunal Federal (STF) inclua um grupo de empresários nas investigações do inquérito das milícias digitais.
As associações fizeram outros três pedidos ao Supremo: apreensão dos celulares e quebra de sigilo do grupo; a verificação se tais empresários organizam eventos no próximo 7 de setembro, e que todos prestem depoimento.
Quando o pedido foi feito ao STF no dia 18, o empresário Afrânio Barreira afirmou à CNN que nunca se manifestou “a favor de qualquer conduta que não seja institucional e democrática”. Já Luciano Hang disse que em nenhum momento falou sobre os Poderes, além de quase nunca se manifestar no grupo.
Já Marco Aurélio Raymundo, também procurado pela CNN, diz que “lamenta profundamente e repudia a postura de profissionais que distorcem os fatos e não levam a notícia ao público com veracidade.”
Fonte: JTNEWS com informações da CNN Brasil