A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (15/06), a Operação 'Efialtes', com o objetivo de desfazer uma rede de transmissão de ordens de líderes de organização criminosa, que estão presos na Penitenciária Federal de Catanduvas (PR), para integrantes que estão em liberdade. A rede contava com a participação de um servidor do estabelecimento prisional.
Cerca de 90 policiais federais cumprem 26 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão em três estados: Paraná (Catanduvas e Cascavel), Santa Catarina (Chapecó) e São Paulo (São Bernardo do Campo). Dentre os bens apreendidos estão imóveis e carros de luxo.
O agente federal de execução penal, alvo de mandado de prisão, deve responder pelos crimes de Associação ao Tráfico de Drogas, Organização Criminosa, Corrupção Ativa e Passiva e Lavagem de Dinheiro, com penas que podem ultrapassar os 30 anos de prisão.
Além do servidor público, a rede de comunicação contava ainda com a participação de uma advogada, que também atuava na transmissão de ordens das lideranças da facção criminosa.
A operação foi batizada de “Efialtes” em alusão ao nome do homem que traiu sua “nação” por dinheiro, durante a Batalha das Termópilas, quando o exército grego enfrentou o exército persa.
A investigação contou com apoio do Departamento Penitenciário Nacional e da Receita Federal do Brasil, por meio de suas unidades de inteligência e contrainteligência, que detectou possíveis irregularidades de cunho administrativo e criminal possivelmente cometidas por um de seus servidores.
Por ser em conjunto, a operação concretiza a finalidade do Sistema Único de Segurança Pública: a realização de ações coordenadas e integradas entre as forças de segurança pública.
O Departamento Penitenciário Nacional, por fim, reiterou a confiabilidade do Sistema Penitenciário Federal, também demonstrada por sua capacidade de detectar e atuar de forma coordenada para punir de seus quadros aqueles que se desviam do cumprimento da importante missão conferida a este órgão.
Segundo as autoridades, a operação também reforça a importância da existência do Sistema Penitenciário Federal para o isolamento de lideranças criminosas que desafiam o Estado e tentam corromper seus agentes, com a finalidade de prosseguir com atos criminosos.
A Polícia Federal ressaltou que, em razão da situação de pandemia causada pelo novo Coronavírus, foi adotada logística especial de preservação do contágio com distribuição de EPI’s a todos os envolvidos na missão, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas e investigados.
Fonte: JTNEWS com informações do DEPEN