O presidente do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), Kennedy Barros, levantou questionamentos sobre a realização de festas populares, como o Carnaval, em municípios que enfrentam sérias dificuldades financeiras. Durante uma entrevista, ele destacou que, apesar da importância cultural do evento, a priorização de recursos deve respeitar a realidade de cada localidade.
“É razoável um município que está em atraso com seus servidores fazer festa popular? É razoável um município que não tem posto de saúde, medicamento, fazer uma festa popular?”, questionou o presidente, reforçando a necessidade de um planejamento responsável.
A preocupação do TCE-PI se estende a casos de cidades com baixo orçamento que, mesmo enfrentando dificuldades para pagar suas obrigações previdenciárias, investem valores milionários na contratação de bandas e estruturas para eventos festivos, especialmente o Carnaval. Ele citou como exemplo a contratação de uma banda renomada por R$ 1 milhão em municípios com coeficiente de arrecadação de 0.6 ou 0.8 no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), além de estruturas de palco que chegam a custar R$ 304 mil.
O presidente enfatizou que o Tribunal não se opõe às festividades, mas sim aos gastos abusivos que comprometem políticas públicas essenciais
Fonte: JTNEWS