Política

PT sinaliza apoio à reeleição de Pacheco de olho na transição

Para líder petista, senador seria “árbitro” na passagem de “governo de extrema direita para governo de esquerda”

Foto: Divulgação/PT no Senado
o líder da Oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP); o líder da Minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN); Rodrigo Pacheco; o senador Humberto Costa (PT-PE); e o ex-governador do Piauí e sen

O líder da Minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), disse nos últimos dias a Luiz Inácio Lula da Silva que a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência da Casa seria ideal para arbitrar a transição de “um governo de extrema-direita para um governo de esquerda”. Ouviu um aceno positivo.

Foto: Divulgação/PT no Senado
Líder da Oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP); o líder da Minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN); Rodrigo Pacheco; o senador Humberto Costa (PT-PE); e o ex-governador do Piauí e senador eleito Wellington Dias (PT)

Uma ideia é, se eleito na disputa contra Jair Bolsonaro (PL), Lula oferecer apoio a Pacheco para presidir o Senado por mais 2 anos e, na 1ª oportunidade depois disso, indicá-lo ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Ainda que receba um eventual endosso de Lula, se o petista for eleito, a recondução de Pacheco para um 2º mandato à frente do Senado está longe de ser garantida.

Dos 27 senadores eleitos no domingo (02/10), 14 foram apoiados por Bolsonaro. Lula puxou só 8. Os demais se elegeram independentemente de alinhamento aos candidatos que disputam o 2º turno. O PL, partido de Bolsonaro, deve começar a próxima legislatura com a maior bancada do Senado e, assim, cacifar-se para disputar a Presidência da Casa.

Na quinta-feira (06/10), Pacheco recebeu um grupo de senadores aliados a Lula em sua residência oficial. Além de Jean Paul Prates, compareceram o líder da Oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP); Humberto Costa (PT-PE); e o ex-governador do Piauí e senador eleito Wellington Dias (PT).

Nos próximos dias, deve receber senadores eleitos de outros partidos. Os petistas veem o mineiro como independente, capaz de impedir o avanço de pautas-bombas nos meses entre o 2º turno e a posse do presidente eleito.

Prates lembrou que, ao longo dos 4 anos de mandato do próximo presidente da República, haverá duas eleições para os comandos das Casas do Congresso. No plano imaginado pelo líder da Minoria, o ideal seria ter Pacheco à frente do Senado nos primeiros 2 anos e, na 2ª metade de um eventual governo Lula, apoiar um nome mais próximo ao petista, como o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Se Lula for eleito presidente, Prates acredita que Pacheco precisará contar com votos de todos os apoiadores do candidato petista e formar uma “minoria ampliada” no Senado. Ele conta com nomes independentes, como Soraya Thronicke (União Brasil-MS) e Jorge Kajuru (Podemos-GO).

Para o entorno de Pacheco, o cenário de curto prazo traçado pelos petistas faz sentido. Afinal, a eleição da próxima Mesa Diretora do Senado será em 1º de fevereiro de 2023.

Pensar em uma vaga no Supremo, por outro lado, é olhar para um horizonte mais distante e, portanto, incalculável neste momento. A depender do resultado do 2º turno das eleições presidenciais, em 30 de outubro, tudo pode mudar.

Fonte: JTNEWS com informações do Poder 360

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