A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (SEAP/RJ), realizou nessa semana, sob a direção geral do secretário e subsecretário respectivamente, Alexandre Azevedo, Moisés Marques e o assessor de Operações, Márcio dos Anjos da Rocha, mega operação na Penitenciária, Jonas Lopes de Carvalho, Bangu 4, denominada de "Operação Asfixia".
Na Unidade Prisional, encontram-se presos integrantes de uma das maiores facções criminosas do Rio de Janeiro [Terceiro Comando Puro, que é uma forte ramificação do Terceiro Comando da Capital-PCC], a qual tem origem no Estado de São Paulo.
Nessa Unidade de segurança máxima existem presos provisórios (lado A) e condenados no regime fechado (lado B), e estão confinados nesse estabelecimento penal, diversos chefes do tráfico de drogas do RJ, como Peixe (chefe da Vila aliança), Apile (chefe do Acari), Fiúza (este chefia dezenas de comunidades na região Oeste do Rio) e Andrezinho da Ilha.
A Operação Asfixia teve seu ponto alto na manhã da última segunda-feira (19), por volta das 6 hs da manhã, no momento em que 250 Inspetores Penitenciários do Estado realizaram Revista Geral em Bangu 4. A Unidade Prisional é composta por 2 pavilhões, com 14 galerias com 224 celas, e atualmente abrigam, 3.348 presos, todos os detentos e celas foram revistados.
Durante a revista o Grupamento de Operações com Cães (GOC), foi acionado revistando também a escola, cantina e alojamento dos servidores [local onde nada de ilícito foi encontrado].
Nas celas e galerias foram apreendidos:
30 aparelhos celulares, inclusice 01 iPhone; 05 chips; 03 roteadores; 1021 petecas e 9 invólucros de cocaina totalizando 368 gramas 427 petecas e 13 invólucros de maconha totalizando 312 gramas. Também foram apreendidos diversos estoques, 29 relógios, 05 perfumes. Diversas roupas, tênis e chinelos de marca foram apreendidos, e, 36 televisões apreendidas, todos de uso proíbido no ambiente carcerário.
Participaram da operação a Superintendência de Segurança, Coordenações de Área, Diretores das Unidades Prisionais, Grupamento de Portaria Unificada (GPU), Grupamento de Serviço de Segurança Externa (GSSE), Grupamento de Intervenção Tática (GIT), Grupamento de Operações com Cães (GOC), SISPEN e Corregedoria do Sistema Penitenciário.
O JT News opina além do fato
A observação que se faz, ante o resultado de uma operação exitosa como essa, é que o Estado deve investir mais em ações com esse perfil, ou seja, com profissionais da Execução Penal qualificados, preparados técnica e operacionalmente para resolução desse tipo de demanda.
E necessariamente tem que se levar em consideração que esse é, inidiscutivelmente, um trabalho de alta complexidade e de competência exclusiva do Estado, pois somente o conhecimento peculiar dos operadores do Sistema Penitenciário é capaz de imprimir a qualidade satisfatória nesse tipo de serviço prisional especializado.
Portanto, registre-se que, os profissionais responsáveis de operação como essa, quando recebem as diretrizes de comando estrategicamente bem direcionadas e com as condições adequadas, o resultado é sempre o esperado.
Ainda nesse contexto, um presídio com a dimensão que é Bangu 4, também é importante que o Governo do Rio de Janeiro, planeje a criação de um Grupo Especial de Intervenção Penitenciária permanente, que, possa fazer vistorias no mínimo 3 vezes por semana; com certeza seria banida essa entrada criminosa e indisciplinar de equipamentos proibidos no interior da Unidade.
Assim, não há espaço para terceirização, tampouco privatização das atividades fins do Sistema Penitenciário, haja vista, ser essencialmente de segurança pública especializada tal atividade.
Essa é a opinião do JT News, salvo melhor juízo.
Fonte: JT News, com informações da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro