Justiça

Rede de lojas chilena acusa funcionários de compras ilegais com cartão de Bolsonaro

A rede de lojas Falabella informou que as transações não foram concluídas; se fossem concretizadas, as compras chegariam a R$ 288 mil

Foto: Sérgio Lima/Poder 360
Presidente Jair Bolsonaro durante entrevista na porta do Alvorada, em maio de 2020

A rede de lojas chilena Falabella acusou 26 funcionários de terem feito compras fraudulentas usando cartões de crédito do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). A Promotoria do Chile abriu inquérito para apurar o caso.

Foto: Sérgio Lima/Poder 360
Nos dias 2 e 3 de junho, o grupo de hackers Anonymous publicou no Twitter informações como números de telefone, documentos e cartões de crédito de membros da família Bolsonaro e de ministros

A empresa detectou que um número grande de transações foi feita usando os mesmos cartões. As compras incluíam artigos de luxo como relógios e celulares de última geração. No total, foram mais de 27 mil compras consideradas incomuns –nem todas com os cartões da família Bolsonaro.

A suspeita é que os dados tenham sido conseguidos on-line. Nos dias 2 e 3 de junho, o grupo de hackers Anonymous publicou no Twitter informações como números de telefone, documentos e cartões de crédito de membros da família Bolsonaro e de ministros. Foram vazados números, datas de vencimento e códigos de segurança dos cartões, necessários para as compras feitas na internet.

Na altura, internautas brasileiros fizeram piada dizendo que usariam o cartão de Bolsonaro para adquirem produtos. O presidente classificou o vazamento como “clara tentativa de intimidação”. O governo acionou a Polícia Federal para apurar o caso. O objetivo, de acordo com ele, é que “tais crimes não passem impunes”.

Depois de investigação interna feita pela Falabella, a rede varejista descobriu o envolvimento de funcionários de várias filiais de Santiago. Também foram feitas compras em outras duas empresas do grupo: a rede de supermercados Tottus e de materiais de construção Sodimac.

No cartão de Bolsonaro foi comprado, por exemplo, um celular Huawei de U$ 1.205. Um funcionário gastou U$ 9.290 em celulares, computadores e bicicletas. A Falabella informou que as transações não foram concluídas e que rastreou os IPs usados. Se fossem concretizadas, essas compras chegariam a R$ 288 mil.

Em entrevista ao Estado de S. Paulo, a Promotoria do Chile confirmou que abriu investigação “pelo delito de uso fraudulento de cartão de crédito, contra 26 pessoas imputadas por utilizar os cartões bancários do presidente Bolsonaro e seus filhos”. Procurada pelo jornal, a Secretaria de Comunicação da Presidência disse que “a informação em relação ao presidente não procede”, mas não deu mais detalhes.

Fonte: Poder360

Última Notícias