O vice-prefeito de Teresina (PI), Robert Rios (PSB) afirmou que a nota de repúdio publicada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí (CRM-PI) foi "pura politicagem".
No último sábado (30/01), o CRM divulgou nota repudiando a publicação do Decreto n° 20.556, de 29 de janeiro de 2021, da Prefeitura Municipal de Teresina, que dispõe sobre as medidas restritivas para enfrentamento à pandemia de Coronavírus no município.
O decreto assinado pelo prefeito Dr. Pessoa (MDB) vai de encontro às medidas restritivas estabelecidas pelo governador Wellington Dias, na terça-feira (26/01).
A decisão que causou mais comoção no decreto estadual se refere à proibição de música ao vivo em bares e restaurantes. No decreto municipal, Dr. Pessoa permitiu que bandas e cantores executem música ao vivo nesses locais. Casas de shows e boates, no entanto, continuam com as atividades suspensas.
Na nota, o Conselho Regional de Medicina cita as ações tomadas pelos órgãos publicos para conter o aumento de casos de COVID-19 na capital e afirma que "na contramão do posicionamento estadual, o decreto municipal flexibiliza as determinações do decreto estadual, sob a justificativa de que a economia e a proteção à vida devem caminhar juntas".
Em entrevista ao programa Bom Dia Meio Norte, da TV Meio Norte, Robert Rios afirmou que o CRM não se posicionou nenhuma vez quando a Polícia Federal esteve investigando a Prefeitura de Teresina sob a acusação de lavagem do dinheiro que deveria ser destinado ao combate à COVID-19 na capital, no mandato do ex-prefeito Firmino Filho.
"Agora um prefeito da classe médica [Dr. Pessoa], que faz medicina há mais de quarenta anos com responsabilidade, não faz uma medicina comercial, e todo o estado do Piauí e Teresina sabe, faz uma medicina humanitária. Esse prefeito coloca um decreto disciplinando para salvar vidas, para salvar negócios, para salvar comerciante, para segurar emprego de músico, e a CRM, politicamente, lança nota de repúdio, nota que deviam ter lançado quando a Federal estava lá dentro da Prefeitura", declarou Robert Rios.
Na nota, o Conselho também declarou que "os gestores municipais de Teresina parecem negligenciar sua responsabilidade com a saúde da população teresinense, enxergando o triste cenário da pandemia em nossa capital sob uma ótica míope e indiferente".
Fonte: JTNEWS