O secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes (PSC), foi preso na manhã desta sexta-feira (11), na segunda fase da operação Catarata, que investiga supostos desvios em contratos de assistência social no governo do Estado e na Prefeitura do Rio de Janeiro. Diagnosticado com COVID-19, Pedro Fernades cumprirá prisão domiciliar.
Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), Fernandes foi preso por ações durante sua gestão na Secretaria Estadual de Tecnologia e Desenvolvimento Social nos governos de Sérgio Cabral e de Luiz Fernando Pezão. Alvo da investigação, a Fundação Estadual Leão XIII era vinculada à secretaria que Fernandes comandava.
A ex-deputada Cristiane Brasil (PTB), filha de do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, também é alvo da operação. Há mandado de prisão contra ela.
Cristiane Brasil é a terceira pré-candidata à Prefeitura do Rio de Janeiro alvo de operações na semana. Na terça-feira (8), Eduardo Paes (DEM) foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Ontem (10), mandados de busca e apreensão foram expedidos na casa de Marcelo Crivella (Republicanos), e no Palácio da Cidade, sede da Prefeitura.
Em nota, a assessoria da ex-deputada federal informou que ela não está no Rio de Janeiro e deve se apresentar à polícia ainda nesta sexta-feira (11). De acordo com a nota, Cristiane Brasil afirmou considerar a denúncia como “uma tentativa clara de perseguição política”.
“Tiveram 8 anos para investigar essa denúncia sem fundamento, feita em 2012 contra mim, e não fizeram pois não quiseram. Mas aparecem agora que sou pré-candidata a prefeita numa tentativa clara de me perseguir politicamente, a mim e ao meu pai. Em menos de uma semana, Eduardo Paes, Crivella e eu viramos alvos. Basta um pingo de racionalidade para se ver que a busca contra mim é desproporcional. Vingança e política não são papel do Ministério Público nem da Polícia Civil”, diz a nota.
Até o momento foram presos: Pedro Fernandes, secretário estadual e ex-presidente da Fundação Leão XIII; o empresário Flavio Salomão Chadud; Mario Jamil Chadud, ex-delegado e pai de Flavio; João Marcos Borges Mattos, ex-diretor de administração financeira da Fundação Leão XIII.
Operação Catarata
Na primeira etapa da operação Catarata, em julho de 2019, a Polícia Civil e o MP-RJ prenderam sete pessoas suspeitas de fraudar licitações da Fundação Estadual Leão XIII, da qual Pedro Fernandes foi presidente.
Os contratos sob investigação, firmados entre 2013 e 2018, custaram quase R$ 120 milhões aos cofres públicos. O MP-RJ afirma que sobre os serviços contratados eram cobradas vantagens indevidas.
Fonte: JTNEWS com informações do Poder360