Nessa terça-feira (15/02), o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) em nota oficial classificou como ilegal o projeto de lei municipal aprovado em primeiro turno na Câmara Municipal, que transfere para a Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (Eturb) a administração da bilhetagem eletrônica do transporte público municipal.
De acordo com o Setut, a proposta da Prefeitura de Teresina desrespeita a Lei Federal 7.418/85. “O projeto de lei municipal aprovado na Câmara Municipal desrespeita a lei federal que estabelece que as empresas operadoras são as responsáveis pela emissão e comercialização do vale transporte”, diz o comunicado.
Conforme o Sindicato, em acordo judicial firmado com a prefeitura a entidade concordou em repassar a gestão operacional da bilhetagem eletrônica à Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Teresina (Strans).
“No acordo judicial já firmado com a Prefeitura de Teresina, o Setut concordou em repassar para a Strans a gestão operacional da bilhetagem eletrônica. Contudo, legalmente, a emissão e comercialização desses bilhetes têm que ficar com as operadoras que ganharam a licitação”, consta na nota.
A Câmara aprovou na manhã dessa terça-feira (15/02), em primeira votação a transferência do Sistema de Bilhetagem Eletrônico de tarifas do transporte público de passageiros de Teresina para a Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (ETURB), comandada pelo filho do prefeito Dr. Pessoa, João Pessoa, o Pessoinha.
Nota do Setut na íntegra
"O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que o projeto de lei municipal aprovado na Câmara Municipal desrespeita a lei federal que estabelece que as empresas operadoras são as responsáveis pela emissão e comercialização do vale transporte (Lei Federal 7.418/85).
Ademais, no acordo judicial já firmado com a Prefeitura de Teresina, o Setut concordou em repassar para a Strans a gestão operacional da bilhetagem eletrônica. Contudo, legalmente, a emissão e comercialização desses bilhetes têm que ficar com as operadoras que ganharam a licitação.
Frente a uma crise continuada no sistema de transporte coletivo, o Setut entende que desaparelhar funcionalmente a Strans denota desconhecimento técnico e falta de sensibilidade social para com a pauta, abrindo espaço para uma fragilização ainda maior da operacionalização do sistema".
Fonte: JTNEWS