O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (SINDSERM) emitiu uma nota pedindo a punição dos seguranças do prefeito Dr. Pessoa que agrediram Sinésio Soares, presidente do sindicato, durante protesto dos professores da rede municipal de ensino, realizado na manhã desta terça-feira (02/04), em frente à escola Escola Municipal Professor Alcides Lebre, na zona Sul da capital. Na ocasião, um agente da Guarda Civil Municipal que fazia a segurança do prefeito empurrou Sinésio, que caiu de costas no chão. Em seguida, é possível observar em vídeo que os guardas sacam armas contra os professores.
O presidente relata também que uma professora, identificada como Daniela, participava do protesto e utilizava um megafone, quando recebeu um soco no objeto por parte de um segurança, que acabou atingindo sua boca e cortando seu lábio superior. Um outro professor, identificado como Isaías, também foi agredido. Os sindicalistas se encaminharam ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização do exame de delito.
"Não aceitamos essa agressão e nem a agressão que eles vêm fazendo há algum tempo, segurando os recursos do Fundeb. Continuaremos em greve na frente da prefeitura e queremos a punição dos dois seguranças que nos agrediram nessa manifestação de hoje", diz Sinésio. O presidente relata ainda que um boletim de ocorrências foi registrado contra os guardas.
Em áudio, o presidente Sinésio Soares afirma que o episódio de agressão desta terça-feira é, pelo menos, o terceiro que ocorre na gestão do prefeito Dr. Pessoa. "Em 2022 ele [o prefeito] deu um chute na canela da professora Olivia. O sobrinho dele, que faz a segurança dele, também já tinha agredido a professora Margareth", conta.
Os professores pedem que o prefeito sancione a lei que prevê o reajuste salarial da classe. A categoria diz que a Prefeitura Municipal de Teresina nunca respondeu a uma pauta de reivindicação dos servidores municipais de Teresina, que havia sido protocolada no dia 06 de fevereiro de 2023. O Tribunal de Contas do Estado do Piauí determinou o pagamento do piso nacional do magistério, porém, segundo os educadores, a administração municipal não tomou providências para garantir o pagamento do piso.
Os sindicalistas alegam que a prefeitura já está em posse do valor de R$ 862 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), mas que, até o momento, não realizaram nenhum repasse aos professores.
O presidente Sinésio Soares afirma que a greve irá continuar.
Confira a nota na íntegra:
O Sindicato dos(as) Servidores(as) Públicos(as) Municipais de Teresina (SINDSERM) manifesta publicamente o total repúdio aos atos de violência e agressão contra profissionais da educação e representantes da Diretoria Colegiada do Sindicato. A categoria chega ao 30° dia de Greve nesta terça-feira (02/04) e, na ocasião, seguia a agenda de atividades do movimento que inclui acompanhar a agenda pública do prefeito José Pessoa.
Seguranças do prefeito abordaram os(as) trabalhadores(as) de maneira agressiva e violenta para reprimir o livre direito de manifestação durante ato em frente à Escola Municipal Alcides Lebre, na zona sul da capital. Os registros em vídeos expõem a violência empreendida que ocasionou lesões e danos físicos nos profissionais atingidos. O Boletim de Ocorrência foi registrado pelo SINDSERM Teresina e exames de corpo de delito, além do Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
A Greve da Educação Municipal de Teresina continua e o movimento seguirá realizando ações pela cidade e acompanhando a agenda do prefeito para exigir que ele sancione o projeto de lei aprovado na Câmara Municipal de 20,8% de reajuste no piso do magistério para o ano de 2024.
Fonte: JTNEWS com informações do Conecta Piauí