O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu nessa terça-feira (1/9) pela prorrogação da prisão temporária do Pastor Everaldo, presidente nacional do PSC, por mais cinco dias.
Pastor Everaldo foi preso na última sexta-feira (28/8) após decisão do STJ, que também afastou o governador Wilson Witzel (PSC) por irregularidades na saúde.
A prorrogação da prisão temporária de Everaldo atende a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O pastor foi citado na delação premiada do ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos.
De acordo com a acusação, Pastor Everaldo era um dos líderes de esquema de corrupção na área da saúde do governo fluminense. A delação feita por Edmar indica que o governador chegou a repassar R$ 15 mil ao presidente do PSC.
No último domingo (30/8), a Polícia Federal prendeu Victor Hugo Barroso em Porto Alegre (RS). Ele é apontado como operador financeiro de Everaldo.
Entenda
A operação Tris in Idem investiga a existência de organização criminosa no governo fluminense. Ela estaria dividida em três grupos, que disputavam o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos. Teria se estruturado a partir da eleição de Wilson Witzel.
A acusação diz que grupos de empresários lotearam pastas estaduais para implementar esquemas que beneficiassem suas empresas.
O Ministério Público Federal afirma que o escritório de advocacia da primeira-dama Helena Witzel era utilizado para intermediar o pagamento de propina ao governador.
O escritório, que não tinha nenhum outro funcionário, recebeu R$ 554 mil de 13 de agosto de 2019 a 19 de maio de 2020. Desse montante, R$ 74 mil foram repassados diretamente para o governador.
Fonte: Poder360