Representantes das forças de segurança de Minas Gerais, que deflagraram paralisação no início desta semana, querem respostas do governo de Romeu Zema (Novo) a respeito do pleito por recomposição aos salários mensais, das perdas causadas pela inflação e do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), projeto considerado prioritário pelo Palácio Tiradentes que está tramitando na Assembleia Legislativa (ALMG).
Em vídeo publicado nas redes sociais na noite dessa quarta-feira (23/02), o deputado federal, subtenente Gonzaga (PDT/MG), uma das principais lideranças referenciais dos policiais militares e bombeiros do Brasil, ressaltou que "o movimento não se trata de pedir para os servidores pararem com suas atividades, mas reivindicar seus direitos pelo papel desempenhado perante a sociedade", enfatizou o parlamentar federal pelo Estado de Minas Gerais.
“Nós não estamos pregando que os policiais militares parem de trabalhar. Nós estamos querendo mostrar que se não fosse a dedicação, se não fosse o profissionalismo dos policiais, Minas não seria, jamais, o Estado mais seguro, principalmente se dependesse dos investimentos do governo Zema”, pontuou.
As lideranças planejam esperar eventual sinalização do Palácio Tiradentes até amanhã, caso não ocorra, há quem fale em endurecer o movimento.
“O ápice da crise institucional é o governador Zema que vai definir. Pela dignidade dos profissionais da segurança pública e de nossas famílias, reafirmamos nossa resistência de seguir na luta pela recomposição salarial”, destacou o subtenente Gonzaga.
Em 2019, as forças de segurança também foram às ruas para pedir a recomposição salarial, que não tinham desde 2015. Zema fez um acordo e apresentou um projeto de lei concedendo 13% em 2020, 12% em 2021 e 12% em 2022. Porém, após a ALMG aprovar a proposta, o governador descumpriu o acordo e vetou as duas últimas parcelas da recomposição, que agora são novamente cobradas pelos servidores da área.
O regime de estrita legalidade mencionado são orientações dos sindicatos para que os trabalhadores não se coloquem em situação de risco ou tentem suprir por conta própria o que identificam como déficit de servidores e falta de estrutura.
Minas Gerais, estado mais seguro do país
No ano de 2021, o estado de Minas Gerais foi considerado o mais seguro do país de acordo com dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), referentes aos meses de janeiro a junho – fechando o primeiro semestre de 2021.
A base de informações agrega estatísticas disponibilizadas pelas 27 unidades federativas brasileiras e tem, por finalidade, subsidiar a implementação de políticas públicas em segurança e defesa social. Conforme o subtenente Gonzaga, essa colocação se deve única e exclusiva, pela responsabilidade e profissionalismo dos policiais.
“Minas é o estado mais seguro do Brasil, e não porque o Zema teve um plano excelente de Segurança Pública, não porque o Zema reconheceu a necessidade de investir na Polícia Militar, na Polícia Civil, o Zema não fez investimentos, pelo contrário, retirou. Nós somos o estado mais seguro por conta do profissionalismo dos policiais e bombeiros militares de Minas Gerais”, concluiu o subtenente Gonzaga.
Subtenente Gonzaga denuncia que governador Zema de MG está chantageando militares e clima é de tensão
Gonzaga ressalta que o governador Romeu Zema vem 'chantageando' os servidores públicos com sua insistência em fazer a Assembleia Legislativa aprovar o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) sob uma falsa narrativa prejudicial não somente aos profissionais, mas à segurança pública em geral.
Fonte: JTNEWS