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Suspeito preso afirma que filha e namorada autorizaram morte de família no ABC

Eles queriam roubar o cofre da casa, mas como não havia dinheiro, resolveram matar vítimas

Foto: Reprodução/ Instagram
Ana Flávia Menezes Gonçalves, e Carina Ramos,presas na quarta-feira (29) em São Bernardo do Campo (ABC). Elas são suspeitas de envolvimento no assassinato do comerciante Romuyuki

SÃO PAULO

Preso acusado de envolvimento na morte de uma família encontrada carbonizada no carro das vítimas, no último dia 28 em São Bernardo do Campo (ABC).

Foto: Reprodução/ Instagram
Ana Flávia Menezes Gonçalves, e Carina Ramos,presas na quarta-feira (29) em São Bernardo do Campo (ABC). Elas são suspeitas de envolvimento no assassinato do comerciante Romuyuki

Juliano Oliveira Ramos Junior, 22 anos, disse em depoimento que a filha do casal, Ana Flávia Menezes Gonçalves, 24, e a namorada dela, Carina Ramos, 26 anos, autorizaram a morte de Romuyuki Gonçalves, 43, seu filho Juan, 15, e a mulher Flaviana, 40. 

O suspeito, que é primo de Carina, contou que ela e Ana Flávia disseram que a família guardava R$ 85 mil em um cofre em casa, no condomínio Morada Verde, em Santo André (ABC). A partir disso, Ramos e as duas combinaram um assalto à residência, na noite do dia 27. 

Para simular o roubo, três homens, incluindo Ramos Junior, chegaram à casa da família no mesmo momento que Carina e Ana Flávia, em uma Fiat Palio. Dentro do imóvel, anunciaram o assalto. 

Ainda de acordo com o depoimento, os criminosos colocarem um saco na cabeça do adolescente e o espancaram, para que o pai informasse a senha do cofre. 

No entanto, Romuyuki não sabia a combinação e, por isso, ainda de acordo com o depoimento, aguardaram a chegada de Flaviana. 

A empresária chegou em casa pouco tempo depois e foi rendida pelos ladrões. Ramos Junior relata que ela abriu o cofre, mas estava vazio. Por conta disso, resolveram matar a família. 

Ana Flávia teria indicado que irmão fosse morto primeiro, para que a herança da família ficasse para ela, contou Ramos Junior. O pai foi morto em seguida. Ambos teriam sido asfixiados, segundo o depoimento, contrariando laudo do IML que afirma que as vítimas foram mortas com pancadas na cabeça. 

Enquanto pai e filho eram mortos, Flaviana foi mantida amarrada e vendada, ainda de acordo com o depoimento do primo de Carina. 

Após isso, os dois corpos foram colocados no porta-malas do Jeep Compass das vítimas. O veículo saiu do condomínio, seguido pelo Fiat Palio de Ana Flávia e Carina. Flaviana estava no Jeep. O suspeito não informou quem dirigia o veículo. 

Os dois veículos foram até um posto de gasolina perto da casa das suspeitas, em Santo André (ABC). No local, de acordo com Ramos Junior, foi comprada gasolina, usada para incendiar os corpos. Após comprar o combustível, todos seguiram nos dois carros até a estrada do Montanhão. Segundo o suspeito, Carina teria matado a sogra, Flaviana, no local. Logo depois o carro foi incendiado. 

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, Ramos Junior foi condenado em 7 de novembro de 2015 por roubo. O Agora não conseguiu contato com a defesa dele até a publicação desta reportagem. 

Fonte: São Paulo/Agora

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