Segurança Pública

Traficante Rogério 157 é condenado a 64 anos de prisão por homicídios

Preso em 2017 após morte de rivais na Rocinha, Rogério Avelino da Silva responderá em regime fechado por triplo homicídio e associação para o tráfico de drogas.

Foto: Reprodução
Traficante Rogério 157

O traficante Rogério Avelino da Silva, conhecido como “Rogério 157”, foi condenado nessa terça-feira (13) a 64 anos de prisão em regime fechado por triplo homicídio e associação para o tráfico de drogas.

Foto: Reprodução
Traficante Rogério 157

Rogério 157 é apontado como um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho na comunidade da Rocinha.

A sentença foi dada pelo Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri da Capital do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, sete anos após Rogério ordenar as mortes dos traficantes rivais Ítalo de Jesus Campos (o Perninha), Robson Silva Alves Porto e Wellington Cipriano da Silva Filho em agosto de 2017.

Preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, Rogério cumpre pena por crimes como o de tráfico de drogas. Ele participou do júri nesta terça-feira por videoconferência.

A juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, presidente do 1º Tribunal do Júri, detalhou que Rogério pode recorrer da sentença condenatória, mas deve seguir em prisão cautelar até o esgotamento dos recursos.

“Sua liberdade coloca em risco a ordem pública, na medida em que exercia função hierarquicamente relevante em facção criminosa responsável pela escalada da violência neste Estado [Rio de Janeiro]”, disse a juíza na leitura da sentença.

Em fevereiro, a quinta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou, por unanimidade, um pedido da defesa do traficante para que ele voltasse ao sistema prisional do Rio de Janeiro.

Os advogados tentaram reverter no STJ uma decisão da vice-presidência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que manteve Rogério 157 no presídio de Porto Velho, do sistema federal.

Uma decisão anterior do próprio TJ-RJ, de outubro, havia autorizado sua transferência ao sistema prisional fluminense.

Na quinta turma do STJ, os ministros seguiram o voto do relator, Ribeiro Dantas.

Conforme o magistrado, o Ministério Público do Rio de Janeiro já demonstrou haver risco com a volta do preso ao seu estado. Ele também destacou que Rogério 157 é um dos líderes nacionais do Comando Vermelho.

“A defesa não apresentou provas de suas afirmações, sobre suposta motivação política por trás do recurso especial, tampouco sobre o alegado término do cenário de guerra na comunidade da Rocinha”, afirmou.

Rogério 157 está no presídio federal de Rondônia, de segurança máxima, desde 2018. Ele foi transferido para o local para impedir o seu contato com o crime organizado na Rocinha. O traficante era apontado como o chefe do tráfico na comunidade.

Foto: Reprodução
Rocinha, comunidade na Zona Sul do Rio

Rogério era o chefe da facção criminosa Comando Vermelho na Rocinha, comunidade na Zona Sul do Rio. Tinha com seu principal rival do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem da Rocinha, que também está detido em um presídio federal.

A disputa entre ele e Nem desencadeou uma guerra pelo controle dos pontos de venda de drogas na maior favela do Rio, em setembro de 2017.

Rogério, junto com Fernando dos Santos Alves, o “Fé do Escadão”, efetuaram uma série de disparos contra os três traficantes rivais, surpreendendo-os enquanto o trio estava em um carro.

Segundo as investigações, pouco antes do crime, Rogério e Fernando romperam com a facção Amigos dos Amigos (ADA), que dominava o comércio ilegal de drogas na Rocinha na época, para se juntar à facção adversária Comando Vermelho.

Essa seria a motivação para a execução dos rivais e cumprir a chamada “lei do tráfico” para demonstrar poder diante do novo aliado na guerra do comércio ilícito de drogas.

Rogério 157 foi preso pela Polícia Civil na comunidade do Arará, na zona norte da cidade naquele ano. Na época, ele era considerado o traficante mais procurado do estado do Rio e tinha uma recompensa estipulada em R$ 50 mil.

Fonte: JTNEWS com informações da CNN Brasil

Última Notícias