Com objetivo de preservar a história do Judiciário Piauiense ao longo de mais de 130 anos, o Núcleo de Memória do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí realizou a inauguração do espaço permanente Memória, nessa última quinta-feira (05/01). O evento aconteceu no térreo do prédio administrativo localizado na Avenida Padre Humberto Pietrogrande, no bairro São Raimundo em Teresina no Piauí.
Durante a solenidade, o então presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador José Ribamar Oliveira [que no dia seguinte passou o comando do TJPI ao desembargador Hilo de Almeida], ressaltou a importância do espaço como forma de revisitar a história daqueles que construíram a trajetória do Poder Judiciário piauiense.
“Com o entusiasmo do desembargador Brandão de Carvalho, na nossa gestão, o Núcleo de Memória começou a dar passos concretos por meio de pesquisas, viagens, catalogação de relíquias, amostras fabulosas, vídeos antigos de pessoas que fazem parte da história do Poder Judiciário Piauiense, então, é uma satisfação poder participar deste momento. Para mim, é um marco terminar minha gestão com esse pequeno museu que certamente deve ser ampliado”, destacou o desembargador José Ribamar.
O desembargador aposentado Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho, presidente do Núcleo de Memória do TJPI, reforçou que o espaço Memória consolida a história da Justiça Estadual através das peças que compõem o acervo.
“Não é possível ter um judiciário sem memória, não é possível um corpo sem cabeça, por isso, a importância de contar a história da Justiça Estadual. Aqui nessa inauguração temos apenas uma pequena parte da rica história do Poder Judiciário. Obras que consolidam a nossa história desde a instalação da primeira comarca no Estado, em Oeiras, por meio da Carta Régia de 18 de março de 1722, de Dom João V (Quinto), disse o novel presidente do Núcleo de Memória, desembargador Brandão de Carvalho.
Na foto da direita para a esquerda os desembargadores Ribamar Oliveira, deputado estadual Fábio Novo, ex-secretário de Cultura do Piauí [grande fomentador dos acervos hitóricos e culturais do Estado], o corregedor-geral de Justiça do TJ-PI, Fernando Lopes e Sillva Neto [filho ilustre da cidade histórica de Jaicós do Piauí].
Brandão de Carvalho acrescentou que o Núcleo de Memório ora inaugurado é indiscutivelmente: "Um lugar de revisitação da história material e imaterial da justiça; um espaço de preservação e divulgação de peças históricas como fotografias, livros, biografias de juízes(as), desembargadores(as) que já passaram por essa corte; temos móveis usados por serventuários da justiça, livros de posses do Tribunal de Justiça e de comarcas e cartórios da capital e do interior, essas peças representam um olhar profundo sobre a nossa história principalmente do Tribunal de Justiça. Um acervo que proporciona aos visitantes uma experiência única”, finalizou o presidente do Núcleo de Memória do TJPI.
Durante a solenidade, o ex-secretário de Cultura do Piauí, deputado estadual Fábio Novo parabenizou o TJPI pela iniciativa que valoriza a parte da história do Piauí.
“Quero parabenizar o presidente deste Tribunal, desembargador Oliveira por encerrar uma gestão deixando um Núcleo de Memória, uma semente como essa é uma grande obra, por preservar e manter a nossa memória e a nossa história”, destacou Fábio Novo.
Peças do Acervo
Entre as peças catalogadas, ao longo de dois anos, estão: o púlpito das comarcas de Oeiras e Jerumenha; cadeiras e mesas do antigo Tribunal de Justiça, na Praça da Bandeira; urnas de votação do século XIX, da comarca de Santo Antônio do Surubim (Campo Maior); ata da eleição de Getúlio Vargas e Júlio Prestes, de 1930, da comarca de Jerumenha; indumentárias de magistrados e fardas de gala da guarda do TJPI; livro de compra e venda de escravos; termo de posse dos magistrados e servidores do TJPI dos últimos 100 anos.
Carta de liberdade de escravos; primeiros aparelhos de telefone do TJPI; registros de imagens e áudios de posses e cerimônias cívico religiosa do judiciário piauiense de meados do século XX; registros fotográficos de eventos sociais do TJPI na capital e comarcas do interior; registros de áudios de processos cíveis e criminais das sessões da câmaras cíveis e criminais do TJPI e Tribunal Pleno.
Fonte: JTNEWS com informações do Portal TJPI