Brasil

Twitter apaga postagens de influenciador que colocava em dúvida a crise do coronavírus

Ele tem argumentado que a preocupação global com a crise do coronavírus seria uma fabricação da imprensa e que não haveria motivo para pânico

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
O influenciador Allan dos Santos, do site Terça Livre

O Twitter apagou nessa segunda-feira (23) postagens do influenciador Allan dos Santos, do canal Terça Livre, que questionavam informações divulgadas por órgãos de saúde pública sobre a pandemia do novo coronavírus.

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
O influenciador Allan dos Santos, do site Terça Livre

Em suas postagens, Allan repetia argumentos apresentados pelo guru Olavo de Carvalho em vídeo que foi tirado do ar pelo Youtube mais cedo no mesmo dia.

Allan dizia, por exemplo, que para afirmar que alguém morreu de coronavírus seria necessário fazer uma autópsia em todos os órgãos, e perguntava se alguém já havia feito isso.

Ele tem argumentado que a preocupação global com a crise do coronavírus seria uma fabricação da imprensa e que não haveria motivo para pânico. Alguns tuítes publicados por ele com esse argumento foram apagados pelo Twitter.

Até o momento, a doença já contaminou mais de 1.800 pessoas no Brasil e matou 34. No mundo, mais de 350 mil pessoas foram contaminadas, e mais de 15 mil morreram, segundo dados da universidade norte-americana Johns Hopkins. ​

O apagamento dos tuítes parece apontar para uma postura mais rigorosa da plataforma na abordagem das fake news durante a crise do coronavírus.

Também nesta segunda, o Twitter tirou do ar posts do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) e do ministro Ricardo Salles por motivos similares.

A avaliação da plataforma nos três casos parece ter sido a mesma: a de que eles violaram as regras de uso da rede ao potencialmente colocar as pessoas em maior risco de transmitir o vírus.

Flávio e Salles compartilharam um vídeo antigo do médico Drauzio Varella, gravado em janeiro, no qual ele dizia que as pessoas deveriam levar as vidas normalmente e saírem de casa, levando seus seguidores a acreditarem que as instruções valiam para o atual momento da crise, quando o recomendado é que as pessoas não saiam de suas casas.

Fonte: Folha de S. Paulo

Última Notícias